Efeitos do uso local de células-tronco mesenquimais e sistêmico de paratormônio e pentoxifilina na reparação de defeitos ósseos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ramos, Jaqueline Isadora Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-06112024-152748/
Resumo: A regeneração do tecido ósseo, em certas situações clínicas, necessita de tratamentos adicionais, dentre os quais estão o uso da terapia celular, baseada no uso local de células, e da terapia farmacológica, baseada no uso sistêmico de drogas com efeito anabólico sobre o tecido ósseo. Na terapia celular, células-tronco mesenquimais (MSCs) apresentam potencial para induzir a formação óssea quando localmente injetadas em defeitos ósseos, no entanto, ainda não resultando no completo reparo desses defeitos. Para a terapia farmacológica, duas drogas estão clinicamente disponíveis, o paratormônio (PTH) e a pentoxifilina (PTX), ambas com efeito anabólico sobre o tecido ósseo. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar se a combinação de injeção local de MSCs derivadas da medula óssea com o uso sistêmico de PTH e PTX é capaz de induzir o reparo de defeitos ósseos. Inicialmente, por meio de avaliações por microtomografia (µCT) e histológicas, investigamos as doses mais efetivas sobre o tecido ósseo de PTH (administrado via subcutânea) e PTX (administrado via oral) após 28 dias de uso diário dessas drogas. Para isso, avaliamos o tecido ósseo na região da calvária e dos fêmures de ratos. Nas calvárias, defeitos ósseos de 5 mm foram criados, e para mimetizar defeito ósseo pré-existente, os tratamentos foram iniciados somente após 2 semanas da criação dos defeitos. Em seguida, foram avaliados os efeitos sistêmicos de cada uma dessas drogas, assim como sua combinação, no peso corporal, hemograma, níveis séricos de cálcio, marcadores de formação (P1NP) e reabsorção óssea (CTX), e análise histológica dos rins e fígados. Posteriormente, foi avaliada semanalmente por µCT a formação óssea em defeitos de calvária de ratos induzida pela combinação de injeção local de MSCs (5.106 células/50 µl de PBS) com uso sistêmicas de PTH, PTX ou sua combinação. Nossos resultados demonstraram que as doses mais eficazes de PTH e PTX para induzir formação óssea foram 40 µg/kg e 60 mg/kg, respectivamente. O uso do PTH, PTX ou sua combinação não demonstrou ao final de 28 dias de tratamento quaisquer efeitos sistêmicos adversos. Embora ambas as drogas sejam seguras e capazes de induzir formação do tecido ósseo, quando combinadas com células não apresentam efeito sinérgico, portanto, a combinação de PTH, PTX e MSCs não representam uma terapia adequada para se obter a regeneração de defeitos ósseos.