Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bragheto-Pires, Ana Cristina Magazoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-07012014-163657/
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Resumo: |
A propagação da infecção pelo HIV vem sofrendo diversas modificações em seu perfil, sinalizando um processo de feminizacão da infecção, desnudando a condição da vulnerabilidade feminina frente ao HIV. A mulher em idade reprodutiva e infectada pelo HIV é confrontada, muitas vezes, com algumas situações difíceis e que a fragiliza. Assim, a maternidade que em nossa cultura parece ser um papel social esperado e valorizado pode se tornar ameaçada pela condição sorológica. Além disso, a infecção pelo HIV é algo que pode modificar toda a concepção de si mesma, já que a pessoa, sua identidade, é essencialmente definida pela forma como as coisas têm significado para ela e, neste sentido, o HIV pode dar um novo sentido a identidade. Este estudo busca conhecer como é o adoecimento pelo HIV nas narrativas de mulheres que são mães. Elas foram convidadas a narrar sobre suas vidas, em especial, sobre a condição de serem mães e infectadas pelo HIV. O estudo é de natureza qualitativa, realizado em um hospital escola do interior do estado de São Paulo com quinze mulheres mães que foram infectadas pelo HIV, no qual foram analisadas apenas dez entrevistas. A técnica utilizada para coleta de dados foi a entrevista narrativa e a análise foi feita com base nos estudos de Schütze (1977, 1983). Dentre os passos propostos por Schütze (1977, 1983), está a análise temática, na qual há categorias para cada entrevista narrativa, ordenadas em um sistema coerente de categorização geral para todas as entrevistas. Já na análise estruturalista, focalizam-se os elementos formais das narrativas. A análise opera via um sistema de combinações que inclui duas dimensões: uma é formada pelo repertório de possíveis histórias, do qual qualquer história acontecida é uma seleção, e a outra se refere às combinações particulares dos elementos da narrativa. No presente trabalho, utilizou-se a identificação dos elementos estruturais das narrativas e as categorias relativas à redução do conteúdo do trecho da narrativa transcrita. (adaptado de MISHLER, 1986; WELLER, 2007; GERMANO; SERPA, 2008). As entrevistas foram transcritas e delas foram extraídos os elementos que compunham uma história com começo, meio e fim, buscando compreender o sentido que cada participante atribuía a sua história enquanto mães e infectadas pelo HIV. Notou-se que a maternidade, tema principal de suas histórias, trouxe um novo significado para suas vidas e repercussões para suas identidades. Os relatos são permeados por momentos de tristeza, dificuldades e alegrias. Os resultados revelam esta ambivalência de sentimentos, mas também um movimento positivo com a vida, principalmente no que se refere aos cuidados com os filhos. A oportunidade de elaborar esses sentimentos, na narrativa, pode auxiliar a mulher a fazer uma reorganização da própria vida e oferecer sinalizações aos profissionais do tipo de atendimento que ela precisa receber |