Significados e implicações de ser mãe no processo saúde-doença em mulheres com AIDS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Athaniel, Marli Aparecida Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-19102006-103553/
Resumo: As mulheres infectadas por aids, ao engravidarem, enfrentam múltiplas dificuldades, entre elas o receio da transmissão vertical. Objetivou-se com este estudo identificar as características sócio-demográficas e as condições de vida e trabalho de mulheres com aids; identificar os significados atribuídos por elas à maternidade e conhecer as implicações de ser mãe no processo saúde-doença. Trata-se de um estudo exploratório, qualitativo, com 16 mulheres com AIDS, matriculadas num serviço especializado em DST/AIDS do município de São Paulo. Os dados foram obtidos meio de consulta aos prontuários clínicos e de entrevista com roteiro semi-estruturado e submetidos posteriormente à análise de conteúdo, sendo interpretados à luz do conceito de Vulnerabilidade. As características do grupo de mulheres estudadas são: solteiras, idade reprodutiva, baixa escolaridade e condições de vida precárias, infectadas por via sexual, souberam do diagnóstico tardiamente. Dos significados da maternidade, emergiram três categorias: a primeira “a vivência da gravidez" abrangendo os determinantes, os sentimentos e as repercussões da gravidez; a segunda categoria, “expressão da maternidade" reuniu os significados atribuídos à maternidade e as dificuldades enfrentadas. A terceira “implicações da maternidade no cotidiano" referem-se ao enfrentamento do processo saúde-doença e ao relacionamento familiar. Na análise das categorias foram identificados elementos potencializadores e protetores da vulnerabilidade à infecção, adoecimento e morte pelo HIV no contexto de transmissão vertical do HIV. Concluiu-se que a maternidade, na ótica das mulheres, constituiu-se em um evento protetor da vulnerabilidade ao adoecimento e morte por HIV, sendo assim necessária uma abordagem dessas mulheres sobre o desejo de ter filhos, pois a maternidade possibilita re-significar suas vidas.