Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Marcelo Augusto Duarte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-08082019-091646/
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Resumo: |
A Doença Renal Crônica (DRC) é um importante problema de saúde pública ao redor do mundo e a proteinúria é um marcador de progressão da doença bem estabelecido. A própolis, uma resina natural produzida por abelhas a partir de resíduos e seivas de diferentes partes de plantas, possui propriedades anti-inflamatória, imunomoduladora, anti-câncer, anti-oxidante, bem como demonstrou ter efeito antiproteinúrico em modelo experimental de DRC. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato de Própolis verde brasileiro na proteinúria e ritmo de filtração glomerular estimada (RFG) em pacientes com DRC. Este foi um estudo clínico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo que reuniu pacientes com DRC de etiologias diabética e não-diabética, com idade entre 18 e 90 anos, com RFG estimado entre 25-70 ml/min/1.73 m2 e proteinúria (excreção urinária de proteína > 300mg/dia) ou microalbuminúria ou macroalbuminúria (taxa urinária de albumina-creatinina > 30mg/g Cr ou > 300mg/g Cr, respectivamente). Nós pesquisamos 148 pacientes e selecionamos randomicamente 32 para receberam, por 12 meses, extrato de própolis verde brasileiro na dose de 500mg/dia (n=18) ou placebo (n=14). No final do tratamento, a proteinúria foi significantemente menor no grupo Própolis do que no grupo Placebo--695 mg/24 h (IC de 95%, 483 a 999) x 1403 mg/24 h (IC de 95%, 1031 a 1909); P=0.004--independente de variações no RFG e pressão arterial, os quais não foram diferentes entre os grupos. O subgrupo de pacientes com DRC de etiologia diabética que recebeu Própolis apresentou redução significativa da albuminúria ao final do estudo (de 981 mg/g uCr [IC de 95%, 223 a 1739] para 476 mg/g uCr [IC de 95%, -282 a 1235]; p= 0,031), ao passo que o subgrupo de diabéticos que recebeu Placebo apresentou elevação da albuminúria (de 1261 mg/g uCr [IC de 95%, 569 a 1953] para 1451 mg/g uCr [IC de 95%, 758 a 2143]; p = 0,999). O Monocyte Chemoattractant Protein-1 (MCP-1) urinário também foi menor no grupo Própolis do que no grupo Placebo ao final do tratamento -- 58 pg/mg Cr [IC de 95%, 36 a 95] x 98 pg/mg Cr [IC de 95%, 62 a 155]; P=0.038. O extrato de própolis verde brasileiro foi seguro e bem tolerado, bem como reduziu significativamente a proteinúria em pacientes com DRC de etiologia diabética e não-diabética |