Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martinez, Marila Gaste [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150209
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Resumo: |
Fundamentação. As doenças renais têm assumido papel cada vez mais relevante na carga de sofrimento humano nos dias de hoje, e a seletividade da proteinúria é importante marcador de evolução dessas doenças. Melhorar essa seletividade constitui objetivo a ser almejado no sentido de atenuar o crescimento da prevalência de insuficiência renal. Por outro lado, a ingestão de sódio associa-se, por mecanismos hemodinâmicos e não hemodinâmicos, a aumento da quantidade de proteinúria, o que prevê pior evolução. Se a ingestão de sódio é capaz de influenciar não só a quantidade, mas também a seletividade da proteinúria é um assunto ainda não conhecido. Apenas um pequeno estudo transversal realizado em portadores de nefropatia diabética avaliou essa questão. Nenhum estudo, de nosso conhecimento, avaliou a associação da excreção de sódio em 24 horas e a seletividade da proteinúria na nefropatia hipertensiva e nas doenças glomerulares. Assim, temos como hipótese que a menor excreção de sódio possa se associar à melhora da seletividade da proteinúria nesses pacientes e o objetivo do corrente estudo foi avaliar de maneira longitudinal e prospectiva a associação entre ingestão de sódio e a seletividade da proteinúria nos pacientes do ambulatório de nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu. Pacientes e Métodos. Este trabalho foi um estudo longitudinal, observacional, prospectivo. Após avaliação inicial, foram colhidas amostras de urina e sangue para as análises que foram descritas abaixo. Os pacientes foram reavaliados em seis meses. Após as análises efetuadas os pacientes foram divididos em quatro grupos quanto ao sódio urinário em 24 horas e o seu comportamento no decorrer do tempo. Foram avaliadas amostras de urina de 24h quanto a sua albuminúria, proteinúria, Índice de seletividade, creatinina, sódio, potássio e uréia. Imunoglobulina do tipo G (IgG) foi dosada em amostra na primeira urina da manhã. Foram colhidas amostras de sangue de cada paciente e foram avaliadas quanto a proteínas totais (albumina e globulina), sódio sérico, creatinina, uréia, IgG sérica, glicose, potássio, ácido úrico e hemoglobina glicada. Resultados. A variação da ingestão estimada de sódio apresentou associação direta com a variação da proteinúria, albuminúria e excreção urinária de IgG. A fração de excreção de albumina e a fração de excreção de IgG também se associaram ao sódio urinário. O índice de seletividade se associou, em análise univariada, com a ingestão estimada de sódio. Essa associação perdeu significância estatística ao ser ajustada para a presença de glomerulopatias. Tanto a albumina como a IgG séricas apresentaram associação inversa com a ingestão estimada de sódio. A pressão arterial sistólica e diastólica acompanhou a excreção urinária de sódio e excreção da proteinúria e albuminúria. Conclusão. Em portadores de doença renal crônica, a ingestão estimada de sódio não apresentou associação com a seletividade da proteinúria, que é um forte marcador prognóstico. Porém, essa ingestão associou-se com a quantidade da proteinúria, que também é importante preditor de sobrevida renal. Esses dados nos levam a crer que a ingestão de sódio nesses pacientes deva ser mais bem monitorada para diminuir a progressão da doença renal crônica e melhorar a expectativa de vida desses pacientes. |