Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Chermut, Tuany Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/26313
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Resumo: |
Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam complicações como inflamação e estresse oxidativo, fatores que estão diretamente relacionados à progressão da doença e com os desfechos negativos, como por exemplo, a gênese de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte nestes pacientes. Neste contexto, estratégias não farmacológicas, utilizando o conceito de “Food as medicine”, têm sido estudadas com o intuito de mitigar tais complicações. A própolis, substância constituída pela combinação de diversos componentes químicos com alta atividade biológica, tem sido usada há anos para fins medicinais, no entanto, pouco se sabe sobre sua atuação na DRC. Objetivos: Avaliar os efeitos do extrato seco da própolis verde sobre marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo em pacientes com DRC em hemodiálise (HD). Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado duplo-cego onde foram selecionados 42 pacientes com DRC em HD do Centro de Nefrologia Mageense/Magé - RJ, randomizados em dois grupos: própolis (4 cápsulas de 100 mg/dia contendo extrato de própolis verde EPP-AF® seco concentrado e padronizado) ou placebo (4 cápsulas de 125 mg/dia contendo celulose microcristalina, estearato de magnésio e dióxido de silício coloidal) por dois meses. A posologia foi de quatro cápsulas por dia, duas após o almoço e duas após o jantar. Dados demográficos e clínicos foram obtidos por análise do prontuário médico. As coletas de sangue e as análises dos marcadores inflamatórios (citocinas) e de estresse oxidativo (malondialdeído-MDA) foram realizadas no início e após intervenção. Os parâmetros bioquímicos de rotina foram analisados usando kits comerciais BioClin®. As citocinas inflamatórias foram avaliadas por luminometria de fluxo. A avaliação da ingestão alimentar e das medidas antropométricas também foram realizadas. Resultados: Foram analisados 24 pacientes: 9 pacientes no grupo própolis (com idade média de 50,0 ± 7,0 anos, 4 homens, e IMC 22,6 ± 6,9 kg/m²) e 15 no grupo placebo (com idade média de 46,0 ± 13,5 anos, 5 homens, e IMC 26,1 ± 5,8 kg/m²). Os dados obtidos revelaram que a intervenção com própolis reduziu significativamente os níveis plasmáticos de fator de necrose tumoral α (TNFα) (p=0,001) e teve tendência em reduzir os níveis da proteína inflamatória macrofágica-1β (MIP-1β) (p=0,06). Não houve diferenças significativas no grupo placebo. Conclusão: A suplementação durante dois meses com 400 mg/dia de extrato seco de própolis EPP-AF® parece mitigar a inflamação em pacientes com DRC em HD. |