Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Simplicio, Janaina Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-17042018-160849/
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Resumo: |
O consumo crônico de etanol é um importante fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares induzindo elevação da pressão arterial, inflamação, disfunção vascular e aumento do estresse oxidativo em vários tecidos. Além disso, o consumo crônico de etanol induz aumento dos níveis de Fator de necrose tumoral-? (TNF-?). O tecido adiposo perivascular (Perivascular adipose tissue - PVAT) é reconhecido como uma importante fonte de adipocinas e citocinas pró-inflamatórias e esse tecido está envolvido na fisiopatologia de diferentes doenças cardiovasculares. A hipótese deste trabalho é a de que o consumo crônico de etanol estimule a produção de TNF-? no tecido vascular, que por sua vez, induzirá um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), redução da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), inflamação vascular, prejuízo na função do PVAT, alteração da reatividade vascular e aumento da pressão arterial. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar a participação do TNF-? nas disfunções vasculares induzidas pelo consumo de etanol e avaliar o papel do PVAT em tais danos. O trabalho mostra que o consumo crônico de etanol por 12 semanas induziu aumento da pressão arterial sistólica (PAS) em camundongos machos C57BL/6 (Wild Type -WT) e este aumento foi menor nos animais nocautes para os receptores R1 do TNF-? (TNFR1-/-). O tratamento com etanol não alterou o relaxamento vascular induzido por acetilcolina e nitroprussiato de sódio (NPS). O consumo de etanol induziu aumento da geração de ânion superóxido (O2-), aumento das espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e redução dos níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) em aortas com e sem PVAT (PVAT+ e PVAT-, respectivamente) de animais WT, mas não em camundongos TNFR1-/-. Houve aumento da atividade da catalase (CAT) e da superóxido dismutase (SOD) em aorta PVAT- e PVAT+ e redução dos níveis plasmáticos da glutationa reduzida (GSH) em animais WT, mas não em TNFR1-/-, após o consumo crônico de etanol. Não houve alteração na atividade da glutationa peroxidase (GPx) na aorta dos grupos estudados após o consumo de etanol. Observou-se redução dos níveis de nitrato/nitrito (NOx) em aortas de animais WT após o consumo de etanol, porém não em camundongos TNFR1-/-. O consumo de etanol gerou aumento tecidual das citocinas TNF-? e IL-6 e aumento da atividade da mieloperoxidase (MPO), evidenciando uma exacerbada inflamação vascular e indicando migração de neutrófilos para o tecido aórtico. Tais alterações não foram observadas em animais TNFR1-/-. Os resultados mostram pela primeira vez a participação do TNF-? no aumento da pressão arterial, no aumento do estresse oxidativo e nos prejuízos vasculares induzidos pelo consumo crônico de etanol. O tecido adiposo perivascular não apresentou qualquer efeito benéfico nas alterações supracitadas. |