Prevalência de mulheres usuárias de psicotrópicos prescritos em uma unidade prisional de Belo Horizonte - Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Maria Theresa Veloso Figueiredo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-09082024-142118/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência de usuárias de psicotrópicos prescritos em uma unidade prisional feminina de Belo Horizonte - MG e aplicar um protocolo de intervenção psicossocial, visando à redução dos sintomas psiquiátricos das mulheres privadas de liberdade. A pesquisa se desenvolveu em duas fases, uma quantitativa exploratória descritiva e outra com caráter de intervenção. A população do estudo em relação à primeira fase foram todas as internas da penitenciária. Os dados foram coletados a partir do banco de dados institucional referentes aos atendimentos de saúde. Quanto ao segundo objetivo, foi selecionada uma amostra de conveniência para aplicação do protocolo de intervenção, que ocorreu durante três encontros individuais de aproximadamente 20 minutos e teve como suporte um caderno de tarefas no formato de passatempo. A partir da randomização das mulheres, foi identificada a idade delas no prontuário e realizado um convite no qual a pesquisadora explicou os objetivos do estudo e os procedimentos de coleta de dados para as possíveis participantes. Em momentos prévio e após a intervenção, foram aplicadas pela pesquisadora a Escala de Transtornos Mentais Comuns (SRQ 20) e a Escala de Humor de Brunel. Ao término da pesquisa, pôde-se identificar que o perfil das participantes é composto por mulheres, jovens, afrodescendentes, com baixo nível de instrução, mães e que não recebem visitas. Aproximadamente, 70% usavam algum psicotrópico prescrito. Os diagnósticos psiquiátricos mais frequentes foram os transtornos ansiosos, seguidos pelos de humor. As mulheres que utilizavam psicotrópicos prescritos apresentaram maior mediana em referência ao tempo de reclusão. Também houve associação significativa entre o uso de psicotrópicos com doenças crônicas. Concernente ao humor, identificou-se melhora em todos os domínios analisados, com destaque para os domínios depressão (p=0,03) e tensão (p=0,04) que obtiveram significância estatística. Quanto ao Transtorno Mental Comum, nenhum item apresentou significância estatística. Conclui-se que a estratégia proposta pela intervenção realizada pode ser considerada como uma possibilidade na ampliação de opções terapêuticas não farmacológicas para os profissionais de saúde que atuam no sistema prisional.