Interação entre glutamato e óxido nítrico nas reações defensivas mediadas pela substância cinzenta periaquedutal dorsolateral de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Aguiar, Daniele Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-03052024-142228/
Resumo: A administração de glutamato na substância cinzenta periaquedutal dorsolateral (SCPdl) produz reações de fuga. Uma das conseqüências da ativação de receptores NMDA pelo glutamato é o influxo de cálcio, ocorrendo ativação da enzima sintase do óxido nítrico (NOS) e conseqüente formação do óxido nítrico (NO). Neurônios que contém a enzima NOS estão localizados na SCPdl. A administração de inibidores da NOS nesta região produz efeitos ansiolíticos, enquanto doadores de NO como o SIN-1, induzem reações de fuga. O objetivo do presente trabalho foi testar a hipótese de que as respostas de fuga promovidas pela administração de um doador de NO ou de um agonista de rNMDA na SCPdl, dependem da formação de NO endógeno. Utilizaram-se ratos Wistar machos com cânulas direcionadas à SCPdl. Os animais receberam injeções de salina, L-NAME (inibidor da NOS, 100-200 nmoles), carboxy-PTIO (1-3 nmoles, seqüestrador de NO) ou ODQ (inibidor de guanilato ciclase, 1-3 nmoles) seguidas de SIN-1 (150 nmoles, doador de NO) ou NMDA (0,1 nmol, agonista NMDA). A análise das alterações comportamentais e a medida da distância percorrida foram realizadas em uma caixa de observação ou em uma arena circular. Realizou-se também uma curva-dose resposta para a administração intra-SCPdl do ODQ no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). O pré-tratamento com o L-NAME não foi capaz de inibir a reação de fuga promovida pelo SIN-1. Esses resultados sugerem que o efeito promovido pelo doador de NO, injetado na SCPdl, não depende da formação de NO endógeno. A microinjeção de NMDA promoveu reação de fuga caracterizada por um aumento no número de cruzamentos e pulos no interior da caixa de injeção. O pré-tratamento com drogas que inibem a neurotransmissão nitrérgica, como o L-NAME, Carboxy-PTIO ou ODQ, não modificaram a resposta de fuga promovida pela administração de NMDA. Entretanto, o ODQ (1 nmol/0,2 µl) administrado na SCPdl aumentou a porcentagem de entradas nos braços abertos no LCE. Os resultados obtidos sugerem que a ativação da via NO/GC/GMPc não é essencial para as respostas defensivas desencadeadas pela administração de NMDA ou SIN-1 na SCPdl. Entretanto, os resultados obtidos com o ODQ no LCE, confirmam o possível envolvimento dessa via na modulação de respostas defensivas frente a estímulos ameaçadores naturais.