Hipóxia-isquemia sistêmica pré-natal altera a resposta álgica e a distribuição da enzima óxido nítrico sintase neuronal e GFAP na substância cinzenta periaquedutal de ratos machos jovens e adultos
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12790 |
Resumo: | A hipóxia-isquemia (HI) é caracterizada pela interrupção momentânea ou permanente do fluxo sanguíneo e do aporte de oxigênio, sendo a principal causa de lesão cerebral em crianças. Crianças afetadas por HI apresentam hipomielinização, astrogliose e deficiência no desenvolvimento cortical e motor e maior sensibilidade à dor. Jovens e adultos que apresentam paralisia cerebral possuem como queixa frequente a dor crônica. Astrócitos, dentre suas múltiplas funções neurais, estão envolvidos na modulação da sinalização da dor e apresentam-se alterados após eventos hipóxico-isquemicos. A enzima óxido nítrico sintase neuronal (nNOS), produtora de óxido nítrico (NO), está ligada a danos cerebrais, morte celular, déficits cognitivos e alterações na nocicepção. A substância cinzenta periaquedutal (PAG) participa da modulação nas vias descendentes inibitórias da dor, promovendo a analgesia. Modelos animais de HI, onde as artérias uterinas de ratas grávidas são clampeadas, apresentam astrogliose, morte da oligodendroglia, ruptura axonal e diminuição da distribuição de nNOS no hipocampo. Neste trabalho buscamos verificar a sensibilidade ao toque e a resposta à dor aguda e crônica, além de avaliar a distribuição da enzima nNOS e da proteína gliar fibrilar ácida (GFAP) na PAG de ratos adultos e jovens submetidos a um modelo de HI sistêmica pré-natal. Ao completarem 18 dias de gestação, ratas fêmeas tiveram seus cornos uterinos expostos e as artérias uterinas obstruídas durante 45 minutos. Nas ratas controle SHAM, o mesmo foi feito, com exceção da obstrução das artérias. Após o procedimento, a gestação continuou normalmente e os filhotes nasceram a termo. 30 ou 90 dias após o nascimento, ratos machos foram submetidos aos testes comportamentais de von Frey e formalina a 2,5% ou ao processamento histológico para realização de imunohistoquímica para nNOS e GFAP. Não observamos diferenças na sensibilidade ao toque entre os grupos em ambas as idades. Não observamos diferenças entre os grupos no número de contrações observadas nos animais jovens, porém o grupo HI apresentou aumento no tempo lambendo a pata injetada, sendo significativo nos períodos de 30-35min e 35-40min. Os animais adultos apresentaram aumento no número de contrações por todo o período do teste, sendo significativo nos tempos de 15 e 45min após a injeção. Também observamos o aumento do tempo lambendo a pata, sendo significativo no período de 5-10min. Não observamos diferenças quantitativas na expressão de nNOS e GFAP nos animais jovens, porém o número de células nNOS+ foi reduzido nos animais HI adultos nas sub-regiões dlPAG e vlPAG nas distâncias aproximadas de -7,80mm do bregma e a distribuição de GFAP está aumentada nesses mesmos animais nas sub-regiões dlPAG e dmPAG nas distâncias aproximadas de -5,80mm do bregma. Nossos resultados demonstram pela primeira vez que os animais submetidos a HI pré-natal apresentam hiperalgesia por todo o período de teste da formalina, mas sem alterações na sensibilidade ao toque. Também demonstramos que existem alterações morfofuncionais da PAG destes animais, as quais podem estar relacionadas a hiperalgesia também observada em nosso trabalho. |