Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, Daniele Cristina de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-06052024-105832/
|
Resumo: |
O óxido nítrico (NO), sintetizado pela sintase do óxido nítrico neuronial (NOSn), possui um papel modulador em reações defensivas, possivelmente facilitando a ansiedade. A NOSn está localizada em estruturas envolvidas com reações defensivas, como por exemplo, a substância cinzenta periaquedutal dorsolateral (SCPdl) e o núcleo pré-mamilar dorsal (PMd). Antagonistas de receptores NMDA (rNMDA) de glutamato e inibidores da NOS injetados intra-SCPdl produzem efeitos ansiolíticos. A exposição a estímulos ameaçadores induz a ativação de células produtoras de NO nesta região. A SCPdl recebe uma densa projeção do PMd, também envolvido com reações de defesa. Lesões bilaterais desse núcleo abolem a expressão de respostas defensivas durante a exposição ao predador. Pouco se sabe a respeito dos neurotransmissores envolvidos na mediação desses comportamentos pelo PMd, o qual também expressa receptores ionotrópicos de glutamato. Assim, o objetivo geral do presente trabalho foi de investigar a participação do NO e do glutamato na SCPdl e no PMd nas respostas defensivas. Para tanto, testou-se a hipótese de que a administração de inibidores da NOSn (7-nitroindazole, 7-NI, ou N-propil-L-arginina, NP) intra-SCPdl atenuaria as respostas defensivas promovidas pela exposição a um evento ameaçador inato, um gato. Verificou-se também, a hipótese de que o tratamento com AP-7 (antagonista de rNMDA) ou NP intra-SCPdl poderiam diminuir as reações comportamentais defensivas, além do número de células ativadas, bem como a ativação de neurônios NOSn positivos em regiões relacionadas com o comportamento defensivo após a exposição ao gato. A ativação neuronial foi verificada pela detecção da imunorreatividade à proteína c-FOS (IR-Fos) e a presença da NOS através da imunorreatividade à proteína NOS. Por último, testou-se a hipótese de que o tratamento com AP-7 ou NP intra-PMd atenuaria as reações comportamentais promovidas pela presença do gato. A exposição ao gato promoveu respostas defensivas que foram atenuadas pelo tratamento intra-SCPdl com inibidores da NOSn e com o AP7. Adicionalmente, houve aumento das células IR-Fos da SCPdl, no PMd e no núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), e aumento na porcentagem de células duplas (% duplas) marcadas na SCP e no PMd. O tratamento com AP-7 e com o NP intra-SCPdl atenuou a ativação celular na SCP e no PVN observada pela exposição ao gato, enquanto que houve aumento nas células IR-Fos e na % duplas no PMd. Além disso, observamos que o tratamento de AP-7 ou NP intra-PMd também atenuou as reações defensivas observadas pela exposição ao predador. Em conclusão, os resultados do presente trabalho sugerem que o antagonismo da neurotransmissão glutamatérgica e nitrérgica na SCPdl e no PMd pode atenuar as respostas comportamentais induzidas pela exposição ao predador. Além disso, a administração intra-SCPdl de AP-7 ou NP é capaz de reduzir a ativação celular promovida pela exposição ao gato nesta estrutura, sem alterar, ou mesmo aumentando, essa ativação em outras regiões relacionadas com o comportamento defensivo como o PMd. |