Maria Leontina, Tarsila do Amaral, Prunella Clough e Germaine Richier: mulheres artistas e prêmios de aquisição na Primeira Bienal de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Mariana Leão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-14082020-185141/
Resumo: A dissertação tem como intuito analisar a premiação de mulheres artistas na Primeira Bienal de São Paulo, em 1951. A hipótese é que ao concentrar a atenção nas personagens femininas encontram-se elementos, artistas e poéticas que ficaram às margens das narrativas sobre a Bienal e poderiam dar uma nova luz ao entendimento do evento. Assim, a pesquisa parte de um estudo de caso para propor novas perspectivas para a história da Bienal, contestando sua narrativa tradicional como uma história única. As obras e artistas premiadas, e portanto estudadas neste trabalho, são: \"Natureza-morta\" (1951) de Maria Leontina, \"Estrada de Ferro Central do Brasil\" (1924) de Tarsila do Amaral, \"A floresta\" (1946) de Germaine Richier e um conjunto de cinco gravuras de Prunella Clough (\"Medusa\" de 1949, \"Milho\" de 1949, \"Rede para enguias\" de 1949, \"Natureza morta com pêra\" de 1950 e \"Planta em estufa\" de 1950). Todas foram premiadas na categoria de aquisição do evento, o que significava a incorporação das obras ao acervo do antigo MAM de São Paulo, atualmente coleção do MAC USP. Com este recorte, a pesquisa ilumina obras desta instituição que não haviam sido estudadas anteriormente, à exceção da celebrada obra de Tarsila, que mesmo assim carecia de um estudo que a explorasse em seu contexto de incorporação ao acervo do museu. De fato, o estudo centrado nas premiações femininas permite levantar aspectos pouco estudados e desvalorizados nas narrativas sobre a Bienal, como a pluralidade e a importância de poéticas figurativas no evento e os prêmios de aquisição. Sublinha-se nesse sentido que a pesquisa também suscita uma reflexão sobre esta categoria de premiação, que realmente merece maior atenção, permitindo compreender a dimensão duradoura de um evento marcado por seu caráter efêmero.