Liberdade como não interferência, liberdade  como não dominação, liberdade construtivista: uma leitura do debate contemporâneo sobre a liberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Elias, Maria Ligia Ganacim Granado Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-16012015-152209/
Resumo: Esta tese se insere no campo da teoria política normativa e tem como tema o estudo do debate sobre o conceito de liberdade. Nossa proposta consiste em analisar o conceito de liberdade como não interferência, de Isaiah Berlin; o conceito de liberdade como não dominação, de Philip Pettit; e a ideia de liberdade construtivista, de Nancy Hirschmann, para assim colocar esses conceitos em relação entre si. Objetivamos indicar a possibilidade de diálogo entre as diferentes correntes teóricas apontadas, como também propor uma leitura sobre o conceito de liberdade, para assim ampliarmos o nosso entendimento sobre o que é ser livre. Acreditamos que articular elementos das diferentes teorias pode enriquecer essa reflexão que pretende ser teórico-normativa, mas que, ao mesmo tempo, ambiciona refletir sobre as condições de liberdade para os diferentes sujeitos, tendo em vista as suas vidas nas sociedades contemporâneas e plurais. Nosso argumento é de que o exercício de compreender diferentes visões de liberdade de forma articulada é um caminho profícuo para abordarmos a indagação sobre quem é o sujeito livre. Desse modo, procuramos não apenas retomar criticamente os conceitos dos autores citados, mas também oferecer um possível diálogo entre as distintas concepções de liberdade tratadas nesta tese. Além disso, propomos usar o tema da opressão para articular elementos do pensamento dos três principais autores retomados aqui: Isaiah Berlin, Philip Pettit e Nancy Hirschmann. Defendemos que a ideia de não opressão pode ser uma abordagem teórica e política para discutirmos a liberdade. Tal chave de leitura nos permite pensar não só os espaços de liberdade, mas as diferentes experiências das pessoas. Assim, a liberdade considerada como não opressão relaciona a liberdade com a liberdade de escolha e, ao mesmo tempo, indica a necessidade da não dominação e atenção à construção do sujeito que escolhe. As escolhas se inserem em relações complexas, e a leitura da liberdade pela ideia da opressão é uma ferramenta normativa atenta a importantes aspectos políticos dessas escolhas