Oxidação da LDL in vivo e in vitro, concentração de antioxidantes plasmáticos e de apolipoproteína H (β2Glicoproteína I) em idosos hipercolesterolêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Alves, André Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-23022015-100810/
Resumo: A idade avançada e a dislipidemia são dois dos fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e se associam à fisiopatologia da aterosclerose. A oxidação da LDL, in vivo, é parte do mecanismo de iniciação e progressão das placas ateromatosas. A LDL oxidada, encontrada no espaço sub-endotelial, interfere com a função de células endoteliais e macrófagos. Formas minimamente oxidadas da LDL, ou LDLminus, são circulantes. Discute-se a importância das vitaminas como substâncias protetoras in vivo, embora a susceptibilidade da partícula à oxidação in vitro dependa de seu conteúdo em antioxidantes lipossolúveis. A apolipoproteína H ou H-β2glicoproteína I (β2GPI) é uma apolipoproteína capaz de ligar-se a lipoproteínas oxidadas in vitro, especialmente a LDL e pode desempenhar um papel protetor, in vivo. A oxidação da LDL avaliada pela sua susceptibilidade à oxidação in vitro e pela concentração plasmática de LDLminus in vivo, a concentração plasmática de vitaminas antioxidantes e de β2GPI foram avaliadas em cem indivíduos idosos hipercolesterolêmicos (concentrações LDL > 130mg/dL) clinicamente normais. Estes indivíduos foram orientados a manter a dieta preconizada pela American Heart Association e atividade física regular. Mediram-se as concentrações de colesterol total e frações e separou-se a fração de LDL por ultracentrifugação, para determinação da sua susceptibilidade à oxidação e da concentração plasmática de LDLminus. A duração da fase lag em ensaios de oxidabilidade foi de (68 ± 23) min e a velocidade de oxidação, (0,03 ± 0,01) Abs/min. A concentração plasmática de LDLminus foi de (8 ± 6) mg/dL, correspondente (5 ± 3)% da LDL nativa. Após separação por HPLC, foram obtidas as concentrações plasmáticas de ácido ascórbico (57 ± 23) µM, β-caroteno (0,4 ± 0,3)nmol/mg colesterol na LDL, licopeno (0,4 ± 0,2) nmol/mg colesterol na LDL, α-tocoferol (11 ± 4) nmol/mg colesterol na LDL, γ-tocoferol (1,8 ± 0,9)nmol/mg colesterol na LDL, ubiquinol-10 (0,09 ± 0,07)nmol/mg colesterol na LDL. Foi padronizado um ensaio imunoenzimático de competição para a β2GPI plasmática, obtendo-se (397 ± 168) µg/mL. As concentrações de LDLminus correlacionaram-se inversamente com as de 945;-tocoferol (p=0,003) e ubiquinol-10 (p=0,046) plasmáticos e as de ubiquinol-10 correlacionaram-se diretamente com a fase lag da oxidabilidade (p=0,037). Os resultados sustentam a hipótese de que α-tocoferol e ubiquinol-10 protegem a LDL da oxidação. Concentrações plasmáticas elevadas β2GPI em idosos hipercolesterolêmicos sugerem o envolvimento dessa glicoproteína no metabolismo de lipoproteínas.