A  β2-glicoproteína I no contexto da resposta inflamatória de fase aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Elisângela Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-17012011-164607/
Resumo: A β2-glicoproteína I (β2GPI) é uma proteína de fase aguda, produzida principalmente no fígado e intestino. Os efeitos dessa proteína sobre células mononucleares foram investigados tanto em monócitos humanos de sangue periférico quanto em células promonocíticas humanas da linhagem celular ATCC THP-1. As correlações entre sua concentração plasmática e a intensidade da inflamação sistêmica foram avaliadas em humanos e em um modelo experimental de infecção sistêmica, em ratos. Nenhum efeito da β2GPI foi observado sobre a resposta oxidativa de monócitos de sangue periférico durante a fagocitose de zymosan opsonisado ou de S. aureus, analisada respectivamente por quimiluminescência amplificada por luminol ou por citometria de fluxo. A β2GPI estimulou a viabilidade celular e estimulou a diferenciação dos promonócitos. As células THP-1 tratadas com β2GPI apresentaram adesão aumentada a placas de cultura bem como expressão aumentada de CD54 e CD14. A suplementação com β2GPI foi suficiente para manter a proliferação das células THP-1 em cultura sem a adição de soro por 72h. Não houve correlações entre a concentração plasmática da β2GPI e indicadores clínicos da resposta inflamatória aguda em pacientes sépticos. A concentração da β2GPI não correlacionou com as concentrações plasmáticas de IL-8, SAA e PCR, que foram encontradas elevadas no sangue de pacientes com sepse. A variação da concentração plasmática de β2GPI foi um fenômeno muito precoce no modelo experimental de sepse e translocação bacteriana. Nas primeiras três horas após a indução da sepse endovenosa, a concentração plasmática de β2GPI diminuiu de forma dependente da intensidade de infecção. Sugere-se que efeitos muito precoces de compartimentalização associados ao sangue portal medeiem esta regulação. As concentrações mais baixas de β2GPI foram observadas nos animais expostos à translocação bacteriana através da mucosa intestinal, associada a uma condição inflamatória leve. A derivação da linfa preveniu completamente a diminuição da concentração plasmática de β2GPI. Em conjunto, os resultados revelaram a relevância combinada de via e de intensidade da infecção para o controle da concentração plasmática de β2GPI no início na resposta inflamatória aguda.