Comparação dos efeitos anti-hipertensivos da S-nitrosoglutationa livre e nanoencapsulada em modelo animal de hipertensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santana, Indiara Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-18082020-212701/
Resumo: A pressão arterial elevada é fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e acomete mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo. O aumento da pressão arterial é acompanhado do estresse oxidativo e do desenvolvimento da disfunção endotelial. Estes eventos ocasionam a diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), molécula importante para o controle do tônus vascular. Neste contexto, existe um crescente interesse em aumentar a biodisponibilidade de NO por meio da administração de nitrosotióis, que além de serem reservatórios endógenos de NO, alteram funções proteicas por meio da nitrosação. Dentre os nitrosotióis endógenos mais abundantes está a S-nitrosoglutationa. (GSNO), uma molécula vasodilatadora e redutora da pressão arterial. O desafio para o uso da GSNO na hipertensão arterial é sua rápida degradação endógena por atividade enzimática. Uma possível forma de prolongar o efeito hipotensor do GSNO é através do encapsulamento desta molécula em nanoparticulas de quitosana. Assim, a hipótese deste trabalho é que o tratamento com GSNO nanoencapsulado apresenta efeito hipotensor prolongado comparado ao tratamento com GSNO livre. Para isto foi utilizado um modelo de hipertensão animal induzida por L-NAME (1g/L) na água de beber e foram avaliados os efeitos do tratamento agudo e crônico com a GSNO livre e nanoencapsulada por via oral. Foram estudados os efeitos dos tratamentos na pressão arterial e nas concentrações plasmáticas e teciduais dos metabólitos do NO (nitrito, nitrato e espécies nitrosadas). Os resultados obtidos evidenciam que a GSNO é um potente anti-hipertensivo de efeito agudo, com duração do efeito menor que 20 minutos. Não observamos diferença estatisticamente significativa relacionada ao encapsulamento sob a resposta da GSNO na pressão arterial dos animais tratados aguda ou cronicamente. No protocolo agudo, foi possível observar aumento de nitrito e nitrato no plasma, estômago e fígado nos animais hipertensos tratados com GSNONP. Já no protocolo crônico observamos aumento dos metabólitos do NO apenas no fígado e estomago. Em suma, os dados mostrados sugerem que o tratamento com GSNO reduz a pressão arterial e o encapsulamento em nanopartículas de quitosana não modifica a resposta anti-hipertensiva da molécula livre.