Vascularização arterial dos músculos papilares do ventrículo esquerdo de cães (Canis familiaris - L. 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Lourenço, Magali Gaspar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-07082007-120941/
Resumo: A irrigação cardíaca, tanto no homem quanto em outros mamíferos, é assunto relevante e tem sido pesquisado por diversos autores, entre os quais se destacam, em nosso meio, H. Rodrigues e os membros de sua equipe, procurando subsidiar a base biomorfológica de doenças vasculares do miocárdio. Relativamente aos músculos papilares, mesmo considerando sua destacada importância, as informações sobre o comportamento dos vasos arteriais a eles relacionados são, porém, incompletas e escassas na literatura médica. Objetivando estabelecer a origem destas artérias e sua distribuição nos músculos papilares do ventrículo esquerdo, fizemos nossa pesquisa com 30 corações de cães adultos, machos e fêmeas de raça não definida e de várias idades. Nestas espécies, após a doação de suas carcaças pelo Centro de Zoonose, logo em seguida ao óbito, o coração foi removido, isolado dos pulmões e do pericárdio parietal, lavado em água corrente e em seguida injetado através do óstio da artéria coronária esquerda com uma solução de acetato de vinil corado, neoprene látex 650 corado ou gelatina a 10%. Em alguns corações, a cor da solução variou segundo as subdivisões das artérias injetadas. Os músculos papilares em todas as técnicas utilizadas foram fixados com solução de formol a 10 %. A dissecação foi realizada para evidenciarmos a vascularização arterial e para tal utilizamos solução de ácido sulfúrico a 40 % de forma a acelerar o processo. Para realização das radiografias utilizamos injeção com mercúrio o que auxiliou a montagem dos esquemas da vascularização estudada. Assim como utilizamos a técnica de diafanização de Spalteholz para melhor visualizar a irrigação cardíaca. Evidenciamos que os músculos papilares subauricular e subatrial são irrigados pelos ramos da artéria coronária esquerda. O m. subauricular pelos ramos interventricular paraconal e circunflexo e o m. subatrial predominantemente pelo ramo circunflexo. Os sub-segmentos que suprem o m. subauricular do ramo interventricular paraconal são os ramos: colateral e ventriculares à esquerda, e do ramo circunflexo são os ramos: dorsais à esquerda e intermédio (marginal ventricular esquerdo) e mais raramente o ramo da borda ventricular esquerda (ramo diafragmático). Os sub-segmentos do ramo circunflexo que suprem o m. subatrial são os ramos: intermédio (marginal ventricular esquerdo), da borda ventricular esquerda (ramo diafragmático), ramos dorsais direito e ramo interventricular subsinuoso. Em alguns casos observamos o ramo colateral e o próprio ramo interventricular paraconal atingir a porção do vértice do m. subatrial. Em 100% dos casos foram observadas anastomoses entre os ramos que atingem o ápice cardíaco: interventricular paraconal e seu sub-segmento colateral, além dos sub-segmentos do ramo circunflexo: ramo intermédio (marginal ventricular esquerdo), ramo da margem ventricular esquerda e o ramo interventricular subsinuoso.