Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mollo, Laura Juliani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-10052024-150408/
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Resumo: |
Nesta dissertação investigamos os processos pelos quais o nome Carolina Maria de Jesus se torna uma autoria. Através de sua história editorial, baseando-nos no modelo teórico-metodológico da paratopia criadora de Dominique Maingueneau, entendemos a autoria como uma construção dinâmica, influenciada por fatores que vão além dos textos em si. Em resumo, este trabalho explora o funcionamento da autoria de Carolina Maria de Jesus, considerando não apenas seus textos, mas também os processos editoriais que os formalizam, os atores envolvidos e os contextos político e cultural aspectos que compõem, segundo Maingueneau, o espaço canônico e o espaço associado dessas obras. Carolina é um exemplo pungente de como a autoria é construída dinamicamente ao longo do tempo, moldada pelos ambientes editorial e cultural nos quais um autor opera. A história de Carolina começou a se transformar quando o jornalista Audálio Dantas a conheceu em 1958 na favela do Canindé. Dantas publicou parte de seu diário em uma reportagem para o jornal Folha da Noite, e ela passou a ser conhecida como a escritora favelada. Mais tarde, ele se tornou editor da revista O Cruzeiro e publicou trechos de seus escritos. O primeiro livro de Carolina, Quarto de despejo: diário de uma favelada, foi lançado em 1960 e se tornou um grande sucesso. Para análise escolhemos três livros. O primeiro, que consolida o processo de estreia da carreira literária de Carolina, enquanto o segundo, Casa de Alvenaria: diário de uma ex-favelada, reflete sua vida após o sucesso. O terceiro livro, Diário de Bitita, é uma narrativa memorialística que cobre a infância da autora e foi publicado postumamente na França. A escolha dessas obras permite uma análise das mudanças na autoria ao longo do tempo. Carolina Maria de Jesus emerge como um exemplo contundente de como a autoria se movimenta ao longo de uma carreira literária. |