O lugar e o espaço, na constituição do ser kalunga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Jesus, Elivanete Alves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102103
Resumo: A presente pesquisa foi desenvolvida na comunidade Kalunga, remanescente de antigos quilombos que se formaram na região norte do Estado de Goiás, precisamente limitados pelos municípios de Cavalcante, Teresina e Monte Alegre de Goiás. Tal comunidade tem mais de 250 anos de existência, de vida autônoma e de contato com as culturas da sociedade nacional. Sua escolha se deu pelo fato de se tratar de uma comunidade que vive fora dos padrões sociais condicionantes daquilo que, até pouco tempo, era conhecido como único modelo de “civilização”. Fundamentada nas teorias na Etnomatemática, que estuda as várias maneiras de explicar e de entender os distintos contextos naturais e socioeconômicos, diferenciados no tempo e no espaço, teve como objetivo principal descrever e analisar os múltiplos lugares e espaços onde está inserida a sua cultura e que são fundantes para a constituição do ser daquele povo. Embora tenha lançado um olhar limitado e a partir de referenciais eurocêntricos, buscamos compreender as dinâmicas produções de conhecimentos que se manifestam nas ações diárias que, em grande medida se enraíza nas tradições e, consequentemente, nas relações místico-sagradas. Pudemos perceber, a partir das observações, que os espaços construídos, baseados nas crenças e fortalecidos nas ocasiões de encontros sagrados, se projetam para os modos/maneiras de ver o mundo e de se situarem dentro dele; e se projeta para o entendimento e organização de seus lugares, o que nos permitiu interpretar de forma transcultural e holística acerca do que os saberes/fazeres representam para a construção do ser Kalunga. Usando as técnicas de caráter etnográfico, procuramos analisar o desenvolvimento dessa organização, levando em consideração seus aspectos históricos, sociais e circunstanciais