Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Felipe Anderson Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-02092019-163749/
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Resumo: |
Substituir um dente em falta com implantes endósseos tem sido reconhecida como uma opção de tratamento bem sucedida a longo prazo. Todavia, alguns fatores podem contribuir para uma cicatrização deficiente e maior risco de perda dos implantes, dentre os quais está o hábito de fumar. Modificações relacionadas ao desenho do corpo do implante e as características topográficas e químicas da superfície tem sido desenvolvidas para se obter melhor performance e menor tempo de ósseointegração, em especial para situações desafiadoras, como o tratamento de pacientes fumantes. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo in vivo, em ratos expostos à fumaça do cigarro, para avaliar uma nova superfície de implante modificada pela adição de nano-hidroxiapatita, por meio de análises histomorfométrica, microtomográfica e da avaliação da expressão gênica. Para sua realização, 36 ratos foram submetidos à inalação da fumaça de 10 cigarros, 3 vezes ao dia, durante 60 dias. No trigésimo dia do experimento foram instalados implantes com 2,7 mm de comprimento e 1,4 mm de diâmetro e diferentes tipos de superfície (lisa, duplo ataque ácido e cobertas com nano-hidroxiapatita), em ambas as tíbias, após a realização de um retalho de aproximadamente 1,5 cm e utilização de broca piloto. Durante todo o período em que permaneceram com os implantes os animais continuaram inalando fumaça de cigarro. Os ratos foram sacrificados 7 e 30 dias após a instalação dos implantes. As tíbias foram então removidas: as tíbias direitas foram selecionadas para a execução da microtomografia e análise histomorfométrica, enquanto que as tíbias esquerdas foram utilizadas para análise de expressão gênica. Durante o procedimento cirúrgico para instalação dos implantes ou remoção das tíbias, foi coletado 1 ml de sangue via punção venosa cardíaca, o qual foi utilizado para quantificação dos níveis plasmáticos de cotinina por meio de teste ELISA. Para a avaliação de parâmetros ósseos foram feitas análises tridimensionais, após cortes microtomográficos seriados, analisando: Contato tridimensional osso-implante (IS/TS), Densidade óssea tridimensional (BV/TV), Porcentagem de porosidade total (Po.To) e Separação trabecular (Tb.Sp). Na análise histomorfométrica, em cortes não calcificados, avaliou-se o contato osso-implante (BIC) e a densidade óssea da área entre as rocas do implante (BAFO). Quantificou-se ainda, por Real-Time PCR, a expressão gênica de: Fosfatase alcalina (ALP), Osteopontina (OPN), Receptor ativador do fator nuclear kappa ligante (RANKL), Osteoprotegerina (OPG), Osteocalcina (OC) e Fator de transcrição runt releated (RUNX2). Os resultados obtidos demonstraram maior quantidade de cotinina plasmática à medida que aumentou o período de exposição à fumaça do cigarro. A superfície NANO apresentou resultados numéricos superiores em relação às superfícies DAA e LISA, nas análises microtomográficas (IS/TS: LISA 29,87 ± 6,87, DAA 36,29 ± 6,87, NANO 43,39 ± 6,87; BV/TV: LISA 26,95 ± 6,95, DAA 34,01 ± 6,95, NANO 35,11 ± 6,95) e histomorfométricas (BIC, resultados em função da superfície: LISA 42,35 ± 6,98, DAA 45,24 ± 6,98, NANO 49,10 ± 6,98; BAFO: LISA 50,45 ± 7,01, DAA 46,30 ± 6,98, NANO 53,73 ± 6,98), entretanto sem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Na análise dos parâmetros relacionados à expressão gênica a superfície NANO mostrou-se superior em relação à DAA e LISA, com diferenças estatisticamente significantes, em especial no período de 30 dias (ALP, resultados em função da superfície: LISA 0,63 ± 0,04, DAA 0,82 ± 0,04, NANO 1,06 ± 0,04; OPN: LISA 0,61 ± 0,04, DAA 0,87 ± 0,04, NANO 1,70 ± 0,04; RANKL/OPG: LISA: 0,58 ± 0,04 DAA: 0,43 ± 0,04 NANO 0,25 ± 0,04; OC: LISA 0,98 ± 0,13, DAA 1,32 ± 0,13, NANO 1,86 ± 0,13; RUNX2: LISA 0,70 ± 0,03, DAA 0,77 ± 0,03, NANO 1,28 ± 0,03). Concluiu-se que houve superioridade da superfície NANO em relação às superfícies DAA e LISA, em ratos submetidos à inalação da fumaça de cigarro, e um atraso no reparo ósseo nos animais expostos à fumaça do cigarro, que não foi totalmente compensado por nenhuma superfície até o período de tempo avaliado |