Desenvolvimento de matrizes de colágeno/nanohidroxiapatita contendo extratos vegetais para regeneração óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Garcia, Claudio Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-19052020-150809/
Resumo: <span style=\"font-weight: 400;\">A engenharia de tecido &oacute;sseo busca o desenvolvimento de matrizes que tenham composi&ccedil;&atilde;o, nanoestrutura e resposta biol&oacute;gica semelhante ao tecido &oacute;sseo natural. Sendo o osso composto por col&aacute;geno do tipo I, a prote&iacute;na fibrosa mais abundante do corpo humano, e hidroxiapatita, uma biocer&acirc;mica com propriedades bioativas e osteocondutoras, foram preparadas matrizes utilizando esses biomateriais afim de se obter um material poroso com potencialidade de uso como agente de reconstru&ccedil;&atilde;o de tecido &oacute;sseo. O col&aacute;geno ani&ocirc;nico (C) foi obtido a partir da hidrolise alcalina da serosa porcina e a nanohidroxiapatita (nHA) foi sintetizada a partir de brometo de cetrim&ocirc;nio, K<span style=\"font-weight: 400;\">2<span style=\"font-weight: 400;\">HPO<span style=\"font-weight: 400;\">4<span style=\"font-weight: 400;\"> e CaCl<span style=\"font-weight: 400;\">2. <span style=\"font-weight: 400;\">&nbsp;Extratos de semente de uva (P), casca de rom&atilde; (R) e casca de jabuticaba (J) foram utilizados como fonte de flavonoides, que apresentam propriedades bactericidas, antioxidantes, anti-inflamat&oacute;rias e capacidade de ser utilizado como agente reticulante. Assim, foram preparadas oito matrizes denominadas C, CP, CR, CJ, CnHA, CnHAP, CnHAR e CnHAJ, caracterizadas por DSC (calorimetria explorat&oacute;ria diferencial), para se avaliar a temperatura de desnatura&ccedil;&atilde;o do col&aacute;geno<span style=\"font-weight: 400;\">,<span style=\"font-weight: 400;\"> MEV (microscopia eletr&ocirc;nica de varredura), ensaios de porosidade por imers&atilde;o em etanol, cin&eacute;tica de absor&ccedil;&atilde;o de tamp&atilde;o fosfato salino (PBS), degrada&ccedil;&atilde;o via colagenase e ensaios de atividade antimicrobiana e citotoxicidade. O col&aacute;geno foi caracterizado por DSC e por espectroscopia na regi&atilde;o do infravermelho (FTIR), a nanohidroxiapatita por espectroscopia de energia dispersiva de raios X (EDX) para se avaliar a raz&atilde;o Ca/P, por MEV, por difra&ccedil;&atilde;o de raios-X (DRX), FTIR e ensaios de citotoxicidade. Os extratos por an&aacute;lises de FTIR e foram caracterizados frente sua citotoxicidade, a&ccedil;&atilde;o e concentra&ccedil;&atilde;o de flavonoides totais por espectroscopia na regi&atilde;o ultravioleta-vis&iacute;vel (Uv-vis). A partir disso, observou-se que o extrato de semente de uva apresentou a menor concentra&ccedil;&atilde;o bactericida m&iacute;nima, sendo de 250 &micro;g mL<span style=\"font-weight: 400;\">-1<span style=\"font-weight: 400;\"> e os tr&ecirc;s extratos atuaram como agentes reticulantes do biopol&iacute;mero, aumentando sua resist&ecirc;ncia enzim&aacute;tica e estabilidade t&eacute;rmica. Foi obtida a hidroxiapatita dentro da escala nanom&eacute;trica e com raz&atilde;o Ca/P igual a 1,60 &plusmn; 0,03. Em rela&ccedil;&atilde;o a atividade antimicrobiana apenas a matriz CR apresentou atividade e, dentro da faixa de concentra&ccedil;&otilde;es testadas, os extratos apresentaram citotoxicidade e a nanohidroxiapatita um aumento na viabilidade celular. As matrizes apresentaram porosidade e tamanho de poros adequados para crescimento &oacute;sseo, sendo que em per&iacute;odos de 24 h apresentam viabilidade celular superior a 70% e em per&iacute;odos de 48 h as matrizes CR, CnHAP, CnHAR e CnHAJ apresentaram citotoxicidade. At&eacute; o momento, conclui-se que apenas as matrizes C, CP, CJ e CnHA poderiam ser utilizadas como biomaterial para regenera&ccedil;&atilde;o de tecido &oacute;sseo, podendo ser utilizadas para a etapa <span style=\"font-weight: 400;\">in vivo<span style=\"font-weight: 400;\">.