Ser ou não ser natural, eis a questão dos clichês de emoção na tradução audiovisual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Araújo, Vera Lúcia Santiago
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-16012023-171916/
Resumo: Clichês ou fórmulas situacionais são as expressões que os falantes de determinada língua transformam em estereótipos e lugares-comuns com o uso recorrente. Essas expressões típicas da oralidade surgem com freqüência em filmes norte-americanos, trazendo dificuldades para os tradutores de filmes. Em um corpus de cinco filmes selecionados, a partir da temática do divórcio, foram encontrados mais de 250 chichês usados para expressar diferentes tipos de emoção: amor, alegria, ansiedade, compaixão, culpa, desgosto, raiva, surpresa e ironia. A tradução dos clichês foi analisada, levando em conta as restrições enfrentadas pelos tradutores. A análise não foi prescritiva, atendo-se basicamente à descrição das normas utilizadas pelos tradutores brasileiros na tradução dos clichês. Essa análise revelou cinco normas. A primeira refere-se à tradução dos clichês em inglês pelos seus correspondentes em português. Apesar de algumas traduções serem estranhas para o falante nativo do português do Brasil, na maioria dos casos os tradutores usaram clichês que aparecem em \'situações semelhantes à do inglês, para verter os clichês da língua de partida, produzindo, assim, expressões naturais em português. Entretanto, as outras normas mostram a ausência de naturalidade das traduções. A segunda refere-se à criação de expressões gramaticais, porém pouco naturais em português. A terceira apresenta a tradução usando expressões que não são tidas como clichês. A quarta expõe a suavização das palavras de baixo calão. A última refere-se à linguagem coloquial usada na dublagem, ao invés de uma variante mais culta usada na legendagem, bem distante da oralidade que se espera no diálogo de um filme