O boom de clínicas públicas, coletivos sociais e periféricos no Brasil (2017-2022): a história de um movimento psicanalítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Camarão, Paula Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-15102024-132527/
Resumo: O objetivo do presente trabalho é contar a história da criação de clínicas públicas, coletivos sociais e periféricos no Brasil de 2017 a 2022. A partir da leitura das publicações acadêmicas (em revistas científicas, jornais e livros do meio), da análise dos discursos públicos (em redes sociais), da análise de conteúdos apresentados em simpósios e publicações autônomas e de entrevistas e estudos etnográficos desses coletivos, buscamos mostrar que o fenômeno que presenciamos nos últimos anos corresponde a um movimento psicanalítico. Apresentamos ainda uma recuperação histórica de movimentos semelhantes aos que pretendemos estudar, isto é, a história dos movimentos de criação de clínicas públicas e sociais de psicanálise no Brasil e no mundo, bem como um panorama do contexto histórico político-social brasileiro que pode ter contribuído com a proliferação de tais iniciativas. Ao final do percurso entendemos que estamos diante de um movimento múltiplo que envolveu diferentes abordagens, objetivos e, ainda, contradições. Sugerimos a segmentação do universo de 68 coletivos criados entre 2017-2022 em três subgrupos: clínicas públicas, coletivos sociais e coletivos periféricos, cada qual com diferentes perspectivas. Entendemos que os grupos analisados surgem como espaços de convergência entre discussões clínicas e políticas que pareciam adormecidas nas últimas décadas, mas que sempre estiveram em pauta na história da psicanálise, em maior ou menor evidência a depender do momento.