Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Soares, Rodrigo Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-12082010-170438/
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Resumo: |
Placas oclusais são dispositivos intraorais utilizados no manejo de pacientes que apresentam desordens do sono, migrânia do tipo tensional e outros. No entanto são os cirurgiões dentistas que predominantemente utilizam as placas oclusais como tratamento do equilíbrio das arcadas dentárias nas disfunções temporomandibulares, prevenção de desgaste dental em pacientes com hábitos parafuncionais e na prevenção de traumas em atletas. Vários métodos têm sido empregados para reforçar resinas acrílicas, como reforço metálico e atualmente a incorporação de diferentes tipos de fibras tais como: carbono, polietileno e vidro. Contudo a adição de fibras de vidro com partículas menores em algumas propriedades mecânicas ainda permanecem desconhecidas. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar algumas propriedades mecânicas como a rugosidade de superfície, microdureza, módulo de elasticidade e resistência flexural em resinas acrílicas após a incorporação de fibras de vidro particuladas pré silanizadas. Material e método: Para avaliação das propriedades foram confeccionados vinte e quatro corpos de prova (65 x 10 x 3 mm) de cada marca comercial de resina acrílica, utilizadas para confecção de placas oclusais, Vipi Flash (autopolimerizável), Vipi Wave (termopolimerizável por calor de microondas), Vipi Crill, Lucitone e QC-20 (termopolimerizáveis por calor de banho de água), sendo doze corpos-de-prova controles, e doze experimentais, com adição de 10% em peso de fibras de vidro particuladas (Reforplás S/A, São Paulo, SP, Brasil). Após a realização do acabamento superficial dos corpos de prova com lixas de carborundum e feltros era realizada a avaliação da rugosidade superficial em rugosímetro (Mitutoyo®) com três leituras ao longo dos corpos-de-prova, a microdureza Vickers era analisada em um microdurômetro (Micro Hardness Tester, Shimadzu, Japan) com cinco mensurações em cada corpo-de-prova, e para avaliar os ensaios de resistência flexural e módulo de elasticidade os corpos-de-prova foram avaliados por meio uma máquina de ensaios universal (Emic DL 2000®, Emic, São José dos Pinhais, PR, Brasil), com velocidade de 5mm/min. Os dados foram analisados estatisticamente, usando testes paramétricos e não paramétricos, de acordo com a distribuição da amostra. Resultados: As médias e desvios padrões do teste de rugosidade superficial em Ra foram Vipi Flash sem fibra (0,10 ± 0,03); Vipi Flash com fibra (0,12 ± 0,01); Vipi Wave sem fibra (0,16 ± 0,02); Vipi Wave com fibra (0,13 ± 0,02); Vipi Cril sem fibra (0,12 ± 0,03); Vipi Crill com fibra (0,15 ± 0,03); Lucitone sem fibra (0,10 ± 0,02); Lucitone com fibra (0,09 ± 0,04); QC-20 sem fibra (0,11 ± 0,02) e QC-20 com fibra (0,18 ± 0,03). As médias e desvios-padrão ao teste de microdureza Knoop com relação às marcas comerciais foram: Vipi Flash sem fibra (15,35 ± 0,3); Vipi Flash com fibra (15,51 ± 0,4); Vipi Wave sem fibra (16,60 ± 0,8); Vipi Wave com fibra (17,25 ± 0,9); Vipi Cril sem fibra (17,78 ± 2,27); Vipi Crill com fibra (18,02 ± 1,0); Lucitone sem fibra (15,72 ± 0,3); Lucitone com fibra (16,69 ± 0,6); QC-20 sem fibra (15,91 ± 0,4) e QC-20 com fibra (15,63 ± 0,2). As médias e desvios-padrão ao teste de módulo de elasticidade foram: Vipi Flash sem fibra (2952,76 ± 292,12); Vipi Flash com fibra (3373,49 ± 403,76); Vipi Wave sem fibra (2511,69 ± 304,09); Vipi Wave com fibra (3225,01 ± 248,66); Vipi Cril sem fibra (2745,61± 288,86); Vipi Crill com fibra (3671,67 ± 329,91); Lucitone sem fibra (1904,53 ± 149,05); Lucitone com fibra (3056,87 ± 126,11); QC-20 sem fibra (1913,86 ± 147,80) e QC-20 com fibra (2858,32 ± 185,26). As médias e desvios-padrão ao teste de resistência flexural foram Vipi Flash sem fibra (81,62 ± 4,82); Vipi Flash com fibra (83,98 ± 4,98); Vipi Wave sem fibra (83,52 ± 8,79); Vipi Wave com fibra (88,98± 8,47); Vipi Cril sem fibra (64,17± 5,46); Vipi Crill com fibra (93,37 ± 9,97); Lucitone sem fibra (74,71± 9,43); Lucitone com fibra (87,29 ± 4,73); QC-20 sem fibra (75,80 ± 8,82) e QC-20 com fibra (81,67± 12,97). Conclusão: Conclui-se que a incorporação de fibras provocou alterações em praticamente todas as propriedades analisadas, sendo, portanto facilmente utilizável como um reforço adicional às resinas acrílicas. Com relação à dureza superficial as resinas acrílicas termopolimerizável por banho de água e termopolimerizável por calor de microondas apresentaram maiores valores quando comparados com a resina acrílica autopolimerizável. Além disso, a adição de fibras de vidro particuladas aumentou os valores de rugosidade de algumas resinas acrílicas Vipi Crill, Vipi Flash e Vipi Wave e se manteve constante nas resinas Lucitone e QC-20. A adição de fibra de vidro não aumentou significantemente a microdureza Knoop nos grupos em estudo. Com relação à resistência flexural as fibras de vidro particuladas aumentaram significantemente todos os valores, assim como o módulo de elasticidade das resinas acrílicas reforçadas pela adição de fibras de vidro. |