Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Daniella Magri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-13082019-104534/
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Resumo: |
Esta tese se baseia no estudo da materialidade de potes (vasilhas cerâmicas de armazenamento de água) no cotidiano doméstico de populações sertanejas atuais, de acordo com as perspectivas teóricas da arqueologia do presente, arqueologia do passado contemporâneo e etnografia arqueológica. Estruturei a tese a partir do questionamento das razões que levaram a permanência de potes no dia a dia de loiceiras no agreste central pernambucano, em detrimento do abandono paulatino do uso de panelas de barro, dentre outros itens da loiça de barro. Exploro a materialidade dos potes a partir de suas relações com o meio semiárido e com os sertanejos, representados pelas loiceiras do agreste, apresentando-a dentro do cotidiano doméstico sertanejo sincrônica e diacronicamente dos pontos de vista histórico e etnográfico. Apresento documentação histórica primária relacionada à produção, comercialização e uso de potes desde finais do século XIX até meados do século XX. Abordo a etnografia em três vertentes: registrando os processos de manufatura de potes por loiceiras de Belo Jardim, Altinho e Bezerros, em Pernambuco; realizando uma etnografia da mudança e da permanência de itens de barro da cultura material sertaneja; e refletindo sobre a necessidade de salvaguarda do conhecimento tradicional envolvido no saber fazer loiça de barro, como patrimônio cultural imaterial. A partir da análise destes aspectos argumento que a permanência de potes no cotidiano doméstico sertanejo é uma forma de resistência ao meio semiárido, à marginalização destas populações e ao colonialismo, que é acionada a partir de uma memória afetiva relacionado ao uso destes potes. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. |