Alfredo Andersen (1860 - 1935): retratos e paisagens de um norueguês cabloco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Correa, Amelia Siegel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-28062012-170937/
Resumo: Esta tese investiga a trajetória e a produção artística do artista norueguês radicado no Paraná, Alfredo Andersen (1860-1935) a partir de uma perspectiva históricosociológica. Nascido em Kristiansand, no sul da Noruega, o pintor teve sua formação artística realizada em ateliês particulares em seu país e na Academia de Belas Artes de Copenhagen, na Dinamarca, então locais periféricos em se tratando de Europa. A análise da sua fase norueguesa auxilia na compreensão da construção de seu esquema, em particular pela presença em sua juventude do movimento nacionalista, que trouxe para o artista, de um lado, uma visão do nacional ligada ao folk e, de outro, uma forma de ver a paisagem como um elemento identitário. A tese busca reinterpretar também sua vinda para o Brasil e sua fixação em Paranaguá, comparando as condições e alternativas que se apresentavam ao artista na Europa e as oportunidades que pode ter vislumbrado no Brasil. Rapidamente acolhido pelo meio local, Andersen desenvolve uma obra vasta e é considerado pai da pintura paranaense, mito que este estudo buscou desconstruir com o apoio de uma sociologia das biografias do pintor, que trouxe à tona os principais interessados em alçá-lo a essa condição. A tese analisou os principais gêneros praticados por Andersen dentro do contexto em que foram produzidos, buscando compreender seus significados sociais, e cada um trouxe elementos do intrincado quebra-cabeças que caracterizava a sua trajetória, repleta de tensões e ambiguidades. Com a análise da retratística foi possível compreender a função que sua arte teve para as elites locais, que se aburguesavam e buscavam distinção, e um gosto local bastante conservador. Já sua obra paisagística, que o levou a ser considerado pela historiografia como um regionalista, se mostrou um terreno fértil para perceber sua relação ambivalente com o paranismo, e a construção de uma alternativa mais autoral que desenvolveu nas marinhas. Com sua experiência social marcada pela condição de estrangeiro e pelo casamento nativo, as cenas de gênero se mostraram documentos ricos para a apreensão da sua posição na cena local e configuram uma faceta pouco valorizada e talvez a mais rica do pintor. Palavras-chave: Alfredo