Hans Christian Andersen e \'O companheiro de viagem\': da narrativa mítica ao conto literário - um estudo em perspectiva comparatista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira Neto, Euclides Lins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-02042019-174948/
Resumo: O objetivo da presente tese firmou-se na investigação de como se articula a imagem-símbolo da viagem no conto literário O companheiro de viagem, de Hans Christian Andersen, em diálogo com o conto popular norueguês O companheiro e a narrativa mítica nórdica Thor no País dos Gigantes. Para fundamentar o comparatismo literário das três narrativas, buscou-se aporte teórico na taxonomia dos símbolos presente na antropologia do imaginário, de Gilbert Durand (2012), e em outros teóricos da crítica da literatura contemporânea sobre o imaginário, o conto popular e o mito, a produção literária. Verificou-se como cada narrativa do corpus é configurada em imagens-símbolos e que algumas ressoam no conto anderseniano. A imagem compósita da viagem manifestou-se constitutiva de um esquema ascensional pela presença de um simbolismo que remete ao cume, à vitória do herói, à realização do sonho da conquista da amada e do reinado. A viagem é ascensão simbólica. Do ponto de vista da crítica literária pode-se reconhecer ainda que O companheiro de viagem é o palimpsesto no sentido que formula Gèrard Genette: um hipertexto (texto inovador) que narra um hipotexto (um texto anterior), pelo procedimento da transformação que se distingue da imitação. O conto O companheiro de viagem é (re)tecido em imagens-símbolos, configuradas em artifícios picturais, melodiosos, gestuais, visuais pela escrita. A imagem semelhantemente à vida, manifesta-se.