Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bortoli, Suzana Rozendo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-01062017-101741/
|
Resumo: |
Este trabalho é um estudo sobre mulheres adultas em situação de rua, os profissionais que cuidam delas e a cobertura jornalística sobre essa temática. As mulheres em situação de rua da cidade do Rio de Janeiro são minoria se comparadas ao contingente masculino. De acordo com o Censo População de Rua 2013 \"Um Direito à Cidade\", realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do Rio de Janeiro, dos 5.580 desabrigados do município, apenas 18,2%, ou seja, 1.044 eram mulheres. Partindo da hipótese de que as notícias divulgadas na grande mídia sobre as mulheres em situação de rua causam o descontentamento delas e de especialistas, esta pesquisa teve como objetivo principal desvendar o posicionamento das mulheres adultas em situação de rua e o dos profissionais que trabalham com elas acerca do jornalismo e das notícias que tratam sobre a situação de rua. A metodologia do trabalho comportou um levantamento bibliográfico, entrevistas semiabertas com mulheres em situação de rua e profissionais (MANZINI, 2004) e análise de conteúdo de matérias jornalísticas (BARDIN, 1970). O trabalho tem quatro partes. A primeira traz o relato das entrevistas de 15 mulheres adultas em situação de rua contactadas em Unidades de Reinserção Social (URS) da cidade do Rio de Janeiro. A segunda parte revela os profissionais e suas trajetórias com a população de rua; discorre sobre as abordagens feitas pelas equipes de ordenamento urbano na cidade do Rio de Janeiro e sobre a vida regrada nos abrigos públicos aos quais as mulheres desabrigadas são destinadas. O terceiro capítulo avalia a compreensão que as mulheres têm a respeito da cidadania e expõe as teorias sobre notícias, jornalismo e jornalistas. A seguir, foi exposto o que os dois grupos entrevistados compreendiam ser o jornalismo e as notícias que viam nos meios de comunicação. No quarto capítulo, analisou-se algumas notícias sobre população em situação de rua coletadas de 2007 a 2015 nos jornais online Extra e O Globo, publicações citadas pelos entrevistados e que serviram para detectar as percepções dos entrevistados a propósito da cobertura de mídia mais adequada sobre o fenômeno da situação de rua. Neste capítulo, também foram trabalhadas as expectativas das entrevistadas sobre o futuro, sua realizações, frustrações, medos e anseios de vida. Concluiuse que os profissionais que trabalhavam com população de rua acreditavam que as notícias sobre o assunto causavam desserviços, enquanto a maioria das mulheres em situação de rua, pela suas condições de vida, não tinham acesso aos meios de informação que permitissem avaliar notícias jornalísticas |