População em situação de rua e questão social no Rio de Janeiro: algumas mediações possíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Freitas, Renata Martins de lattes
Orientador(a): Perruso, Marco Antonio lattes
Banca de defesa: Perruso, Marco Antonio lattes, Miagusko, Edson lattes, Brito, Felipe Mello da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11535
Resumo: Esta dissertação traz como objetivo a investigação da relação entre população em situação de rua e questão social no Rio de Janeiro, a partir do desvelamento de aspectos referentes a permanências e rupturas que permeiam tal relação. Utilizamos uma triangulação de técnicas: observação, entrevista, análise documental e de fontes históricas. Realizamos um posicionamento teórico sobre a questão social no Brasil, uma mediação com a questão urbana no Rio de Janeiro, tendo como fio condutor a chamada “operação mata mendigos” episódio trágico que marcou o Estado na década de 1960, assim como o governo de Carlos Lacerda. Episódio este que ganhou notoriedade nacional e aponta para a relação entre cidade, Estado, mercado e população em situação de rua. Após isto, tratamos das formas de organização e resistência das pessoas em situação de rua, com enfoque no Movimento Nacional da População em Situação de Rua, lançado no contexto do lulismo. E por fim, analisamos a organização da e pela população em situação de rua no Rio de Janeiro, compreendendo as especificidades regionais. As lutas empreendidas nos últimos anos tem sido importantes vetores de rupturas com o que estava posto e a principal permanência na relação estudada é o repressão, que não deixa de existir e ter força ainda que haja uma tendência à perspectiva dos direitos. A população em situação de rua, no contexto do modo de produção capitalista, constitui um fenômeno de serve de vitrine para as perversas possibilidades trazidas pelo trabalho livre, porém desprotegido e que é produzido e reproduzido devido a fatores estruturais e biográficos.