Influência do exercício físico agudo e da atividade prazerosa de Resposta Meridiana Sensorial Autônoma (ASMR, sigla em inglês) na modulação da dor experimental em pacientes assintomáticos e com dor miofascial crônica da musculatura mastigatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fonte, Tatiana Prosini da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-11112022-164913/
Resumo: A relação entre exercício físico e dores crônicas tem sido cogitada há muito tempo. Em teoria, a prática regular de exercício físico teria um efeito benéfico como coadjuvante no controle de quadros álgicos crônicos. Entretanto, parte dos pacientes com doenças crônicas sentem exacerbação de alguns sintomas após a atividade o que explica o fato desses indivíduos serem incapazes de ativar o caminho endógeno de inibição da dor durante os exercícios. Outra estratégia para esses pacientes é a modulação da dor através de manipulações cognitivas como a indução da Resposta Meridiana Sensorial Autônoma que provoca uma experiência semelhante as encontradas no mindfullness e yoga. Logo, objetivo principal do presente estudo é comparar a variação de resposta à modulação endógena da dor experimental em indivíduos assintomáticos e em indivíduos com dor miofascial crônica da musculatura mastigatória, antes, durante e após do exercício físico (efeito agudo do exercício) ou uma experiência de ASMR. A amostra foi composta por 32 voluntários, com idade entre 18 e 60 anos, sedentários, sendo 17 indivíduos saudáveis e 15 indivíduos com diagnóstico de dor miofascial crônica da musculatura mastigatória (DMMC). Estes 32 indivíduos foram alocados randomicamente em 4 grupos, com base na realização do exercício aeróbico ou do ASMR. Além disso, foram realizados testes do eixo biopsicossocial em todos os indivíduos da amostra. Como resultado, não houve diferença estatisticamente significante entre as duas intervenções e nem entre os grupos. Somente o estresse (PSS), ansiedade (GAD-7) e estado geral de saúde (SF-36) tiveram uma correlação positiva com o LDP. A ausência de diferença significativa entre os grupos SAU e DMMC pode sugerir que indivíduos com dor miofascial mastigatória crônica, isoladamente (sem outras comorbidades) possuam um padrão de modulação similar ao dos indivíduos saudáveis. A ansiedade e estresse tiveram uma redução no limiar de dor à pressão nos pacientes com dor enquanto o estado de saúde geral causou um aumento no LDP, 30 minutos após intervenção.