Seletividade de inseticidas para um programa de controle integrado do pulgão verde Schizaphis graminum (Rondani) em sorgo granífero (Sorghum bicolor (L.) Moench)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Gravena, Santin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-143916/
Resumo: O presente trabalho procurou estudar, como objetivo central, a seletividade e as dosagens de alguns inseticidas e dosagens a inimigos naturais para um programa de controle integrado do pulgão verde do sorgo Schizaphis graminum. Os outros objetivos foram estudar: (1) flutuações populacionais de S. graminum e de inimigos naturais; (2) atividade de inimigos naturais no controle de S. graminum; (3) influência de ervas daninhas na densidade de pulgões e inimigos naturais. Quatro ensaios de campo e um de laboratório foram realizados durante os anos agrícolas 1976/77 e 1977/78. A semeadura do primeiro ensaio iniciou-se a 02/08/76 em faixas com 4 parcelas e repetidas quinzenalmente num total de 13. Os demais ensaios foram feitos em blocos ao acaso com 5, 4 e 3 repetições, respectivamente. O teste de laboratório foi feito em 2 repetições, com 15 pulgões mumificados por parcela, submetidos a pirimicarb e parathion a 6 concentrações cada, para observação de emergência de microhimenópteros. O último ensaio de campo teve os blocos divididos em 2 sub-blocos, com e sem ervas daninhas, sob os mesmos tratamentos. As contagens de pulgões vivos e parasitados foram feitas na quarta folha a contar do ápice (1º e 3º ensaios) e na planta toda (2º e 4º), em 15, 6, 10 e 5 plantas/parcela ao acaso, por ordem de ensaio. A contagem de predadores foi feita em 15 plantas/parcela no 1º ensaio e em 6, 10 e 5 metros lineares/parcela no 2º, 3º e 4º ensaios, respectivamente na ordem de instalação. Foram feitas 50 redadas/parcela no 2º ensaio e coleta de 15 pulgões parasitados e 15 pupários, 24 horas ap6s a aplicação, para observação de emergência de vespinhas e sirfídeos, respectivamente. Diante dos resultados obtidos, as principais conclusões foram: (1) o fungo Entomophthora aphidis causou epizootia em Schizaphis graminum a 87,1% de UR média e 12,1 mm diários de chuva; (2) S. graminum e predadores tiveram um pico em dezembro, com segundo pico menor em março; (3) a ocorrência de Rhopalosiphum maidis logo após o plantio é importante como fonte de alimento inicial para predadores de S. graminum; (4) os inimigos naturais mais abundantes foram os coccinelideos Scymnus sp e Cycloneda sanguínea; (5) proteína e sacarose não tiveram efeito satisfatório para estudar a atividade dos inimigos naturais em sorgo; (6) a manutenção de ervas daninhas aumentou a atividade dos inimigos naturais; (7) disulfoton granulado no cartucho e endosulfan foram seletivas a microhimenópteros e ao complexo de predadores;(8) aldicarb em cobertura aumentou a participação de predadores; (9) as dosagens diferenciais de pirimicarb e demeton (0,0075 kg/ha), favorecendo C. sanguinea, comprovaram ser eficientes e seletivas a este e outros predadores: (10) malathion, na sub-dosagem 0,115 kg/ha, mostrou-se altamente tóxico a larvas de C. sanguínea porém pouco afetou larvas de Soymnus sp: (ll) não houve diferença significativa na produção mesmo com média de cerca de 800 pulgões por parcela.