Resistência de genótipos de sorgo ao pulgão-verde Schizaphis graminum (Rondani, 1852) (Homoptera, Aphididae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Cruz, Ivan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093502/
Resumo: O principal objetivo do trabalho foi o de identificar fontes e determinar os mecanismos de resistência de sorgo em relação ao pulgão-verde, Schizaphis graminum (Rondani, 1852) (Homoptera, Aphididae). Além disto, foram conduzidos experimentos com o objetivo de: a) estudar a biologia do inseto em diferentes hospedeiros; b) avaliar o efeito de diferentes níveis de infestação do inseto no desenvolvimento e sobrevivência de plântulas de sorgo resistente e sorgo suscetível; c) avaliar o efeito da alternância de cultivares resistentes e suscetíveis na biologia do inseto; d) estudar a herança da resistência. Os experimentos foram conduzidos no Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, da EMBRAPA, em Sete Lagoas, MG. Foram avaliados 849 genótipos e, com base numa escala visual de notas de dano de 0 a 9, foram selecionados 28 deles para os quais determinaram-se os mecanismos de resistência através do plantio em vasos plásticos. Para os testes de não-preferência, os genótipos foram casualizados dentro de cada vaso e onze dias após o plantio foi liberada, no centro do vaso, uma densidade equivalente a 5 pulgões adultos e ápteros por planta. As avaliações foram baseadas na contagem do número de pulgões em cada genótipo. Nos testes para tolerância e antibiose, os genótipos foram plantados individualmente nos vasos e infestados também, onze dias após o plantio. Para o teste de tolerância foram utilizados 25 pulgões por planta, densidade esta, mantida durante todo o período experimental. As avaliações basearam-se na diferença de crescimento das plantas infestadas e não infestadas. Para verificar o efeito de antibiose e nos estudos de biologia, utilizou-se uma ninfa recém-nascida por planta, acompanhando o seu ciclo biológico. Como hospedeiros alternativos utilizaram-se milho, trigo, soja e arroz. Na determinação do efeito de diferentes níveis de infestação pelo pulgão-verde em sorgo suscetível e resistente utilizou-se a mesma metodologia dos testes para tolerância. Para estudar o efeito da alternância de cultivares resistentes e suscetíveis na biologia do inseto, ninfas recém-nascidas, provenientes de criação estoque, foram alternadamente criadas em um ou outro tipo de genótipo. Os estudos da herança foram conduzidos utilizando-se, além dos pais resistentes e suscetíveis, as gerações F1, F2 e retrocruzamentos correspondentes. De acordo com os dados obtidos, conclui-se que há uma grande variabilidade nos genótipos estudados, estando envolvidos em alguns, um, dois ou mesmo os três mecanismos de resistência. A herança da resistência nos genótipos estudados foi dominante e monogênica. Com relação aos possíveis hospedeiros alternativos, tanto o milho como a soja não propiciaram desenvolvimento do inseto, enquanto que o arroz e principalmente o trigo dão condições alternativas para a sobrevivência do inseto. O número de instares do inseto não foi influenciado pelo genótipo resistente. Os períodos pré-reprodutivo e reprodutivo, número de ninfas e duração do ciclo foram os parâmetros mais influenciados pelos genótipos de sorgo.