Estudo comparativo, prospectivo e randomizado do resultado de duas formas de tratamento clínico das lesões ligamentares primárias agudas e graves do tornozelo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Prado, Marcelo Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-03122013-114435/
Resumo: Objetivo: Este trabalho tem como objetivo a avaliação dos resultados funcionais, e da incidência da instabilidade articular mecânica, resultantes do tratamento clínico das lesões ligamentares primárias, agudas e graves do tornozelo (associada a instabilidade articular). Esta lesão é extremamente frequente e acomete indivíduos jovens, economicamente e fisicamente ativos, causando prejuízos pessoais e econômicos importantes. Existe dificuldade no adequado diagnóstico e heterogeneidade na escolha da melhor forma de tratamento. Materiais e métodos: Foram incluídos neste estudo 186 pacientes portadores de lesão ligamentar aguda grave do tornozelo. A amostra foi randomizada em dois grupos de tratamento clínico. Os pacientes incluídos no grupo A foram tratados com uso de imobilização suro podálica imediata (RobofootR), carga permitida conforme tolerado, analgesia, gelo, elevação e mobilização leve da articulação do tornozelo por três semanas. Em seguida foram imobilizados com órtese curta funcional (AircastR esportivo) por mais três semanas, e encaminhado para programa de reabilitação fisioterápico. No grupo B os pacientes foram imobilizados no primeiro atendimento com órtese curta funcional (AircastR esportivo), a carga foi permitida conforme tolerado, analgesia, gelo, elevação e mobilização leve da articulação realizadas por três semanas, e em seguida foram encaminhados para programa de tratamento fisioterápico, como no grupo A. Os pacientes são avaliados clínica e radiograficamente para determinar a limitação funcional nas diversas fases do processo cicatricial, e a presença de instabilidade residual nos tornozelos. Resultados: Não encontramos diferença significativa com relação à evolução para instabilidade mecânica entre os grupos. Da mesma forma não houve diferença na incidência de dor, mas a avaliação através do método de pontuação da Associação Americana dos Cirurgiões de pé e tornozelo (AOFAS) mostrou melhores resultados nos pacientes submetidos ao tratamento com órtese funcional (grupo B). Conclusões: O tratamento das lesões ligamentares graves através do uso de órtese funcional tem melhores resultados do que o tratamento com órtese rígida. A incidência de instabilidade crônica foi muito pequena nos dois grupos