Avaliação da resistência de união de pinos de fibra de vidro multifilamentados em canais radiculares achatados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Assis, Rafael Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-11012019-100602/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência de união (RU) e a interface adesiva de pinos de fibra de vidro multifilamentados e convencionais em canais radiculares achatados. Molares inferiores foram escaneados por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico para a seleção de 22 raízes distais com canais radiculares achatados, levando em consideração a relação de diâmetro maior/menor entre 2,5 e 4,0 e de circularidade < 0,35. Foi realizado o preparo biomecânico com instrumento Reciproc R50 e obturação pela técnica de condensação lateral com cimento AH Plus. As raízes foram distribuídas em dois grupos (n=11) de acordo com o protocolo restaurador utilizado: raízes com preparo do conduto radicular e cimentação de pinos de fibra de vidro convencionais (WhitePost DC #0,5, FGM, Joinvile, SC, Brasil), e raízes sem preparo do conduto radicular e cimentação de pinos de fibra de vidro multifilamentados Comet Tail® #4 (Synca, Repentigny, Quebec, Canadá). Os pinos foram submetidos a tratamento de superfície com ácido fluorídrico 10% e cimentados com cimento RelyX U200 de acordo com as recomendações do fabricante. Após a cimentação dos pinos, os dentes foram seccionados transversalmente em slices de 1 mm de espessura, obtendo-se 2 slices de cada terço (cervical, médio e apical). Os slices mais cervicais de cada terço foram utilizados para avaliar a RU, por meio do teste de push-out com velocidade de 0,5 mm/min, e posterior análise do padrão de falha em estereomicroscópio. Os slices mais apicais de cada terço foram selecionados para análise da interface pino/cimento/dentina em microscopia eletrônica de varredura com aumentos de 100, 1000, 2000 e 4000X. Os dados de RU e adaptação da interface cimento/dentina foram submetidos aos testes de distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk) e homogeneidade (Levene). Os resultados de RU foram expressos em valores médios (e desvios-padrão) e comparados entre grupos utilizando os testes ANOVA dois fatores com pós-teste de Tukey e os resultados da adaptação da interface foram expressos em porcentagem e comparados entre grupos por meio dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, seguido do teste de Dunns, com nível de significância de 5%. A análise de variância dois fatores evidenciou diferença estatisticamente significante para o fator tipos de pino de fibra de vidro (convencional e multifilamentado), sendo que o pino convencional (2,61 ± 1,30) apresentou os maiores valores de resistência de união quando comparado ao pino multifilamentado (1,59 ± 1,54) (P=0,008), no entanto, não houve diferença estatística para o fator terços radiculares (P=0,621) e nem para a interação dos fatores tipos de pino x terços radiculares (P=0,266). O padrão de falhas mostrou predominância de falhas adesivas mistas para os pinos convencionais e adesivas à dentina para os pinos multifilamentados. Já a análise da interface cimento/dentina por MEV, mostrou melhor adaptação do material restaurador no terço cervical para os pinos convencionais e nos terços médio e apical para os pinos multifilamentados. Conclui-se que os pinos de fibra de vidro multifilamentados apresentaram menores valores de resistência de união em relação aos pinos convencionais, com maior prevalência de falhas adesivas à dentina e melhor adaptação da interface adesiva nos terços médio e apical