Choques no mercado de trabalho e a redução recente dos diferenciais salariais: um estudo das microrregiões brasileiras 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Alison Pablo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24032016-125033/
Resumo: Está dissertação apresenta uma análise dos mecanismos por trás do equilíbrio entre demanda e oferta por mão de obra qualificada no mercado de trabalho brasileiro. São estimados os impactos de choques exógenos ao mercado de trabalho como: (i) abertura comercial chinesa, (ii) política recente de valorização do salário mínimo e (iii) aumento da oferta de mão de obra qualificada sobre os diferenciais salariais dos trabalhadores de diferentes níveis educacionais - também conhecidos como prêmio da educação. Como estratégia metodológica, os dados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, foram agrupados para cada uma das 530 microrregiões brasileiras tornando possível a eliminação de possíveis vieses causados por fatores intrínsecos a cada uma das microrregiões. Além disso, também foram utilizados os dados de comércio internacional - entre Brasil/China e China/demais países - disponíveis na base da UN Comtrade. As importações e exportações foram agrupadas em setores e os respectivos choques distribuídos entre as microrregiões do país proporcionalmente à porcentagem da mão de obra de cada setor empregada no local. Os resultados encontrados mostram que, ao contrário do sendo comum, o boom comercial chinês não foi um dos principais determinantes da melhora recente da distribuição salarial no Brasil. Os modelos estimados apontaram para efeitos significativos do salário mínimo sobre o diferencial dos trabalhadores semiqualificados e do aumento da oferta de trabalhadores com ensino superior sobre os diferenciais salariais dos trabalhadores qualificados.