Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mometti, Antonio Carlos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-19022024-152218/
|
Resumo: |
O presente texto possui por objetivo apresentar a tese desenvolvida no programa de pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências da USP, especificamente na área de Ensino de Física. Como pergunta central e que orienta a tese tem-se que: o currículo do Estado de São Paulo materializa, por meio de dispositivos discursivos, um conjunto de valores, crenças e procedimentos que reconstroem e transformam a epistême do sujeito de modo a manter o status eurocêntrico na sociedade em que tal currículo é aplicado? Assim, como pressuposto teórico assume-se a teoria decolonial proposta e discutida por Aníbal Quijano, Catherine Walsh, Walter Mignolo, Enrique Dussel, Maldonado-Torres, Ailton Krenak e Rita Segato. Além disso, toma-se como ponto de partida que o currículo carrega aspectos culturais que estão embebidos num processo de colonização ainda em vigor. Assim, cabe destacar que neste projeto entendemos por colonização a toda forma de poder que submete um grupo social a determinadas regras e padronizações mediante o uso da força, como também, pela linguagem e aspectos psico-ontológicos. Tal processo, todavia, caracteriza-se pela reprodução de elementos culturais originários de uma sociedade de maior poder sobre um grupo de menor poder. Desta forma, cria-se um ciclo padronizado no qual há o estabelecimento de um conjunto de regras que secularizam o processo colonizar, isto é, colonizar não é apenas invadir territórios e extrair e extraviar seus recursos, mas sim construir pensamentos que perpetuem tal estrutura. Como design metodológico foram realizadas escolhas metodológicas tomando como principal fonte de informação o currículo paulista. Assim, utilizou-se da análise de discurso na perspectiva francesa, o modelo multifatorial para EDI e o modelo 4-A para os direitos humanos. Como resultados a presente concluiu que há operadores caracterizados como cultural, epistemológico e cultural-epistemológico que contribuem para o processo de colonização aqui definida por epistêmica. |