Diálogos cotidianos: cartas a quem se atreve (re)existir

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro-Queiroz, Marcela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236245
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo produzir cartas pedagógicas acerca do diálogo que se estabelece entre as praticantepensantes dos cotidianos escolares que vivenciam o processo de elaboração e implementação do Currículo Paulista; questionando o caráter democrático do documento concernente a participação das praticantespensantes nos processos decisórios da etapa de elaboração e na invisibilização de povos subalternizados pelo sistema na seleção dos conhecimentos matemáticos legitimados pelo documento. Assim, pretendemos dialogar sobre a forma como as experiências socioculturais influenciam no processo formativo individual e coletivo e como esses saberes se articulam em prol de uma educação libertadora na perspectiva democrática; descrever o processo de elaboração e implementação do Currículo Paulista sob a perspectiva do silenciamento das vozes das praticantespensantes dos cotidianos escolares e do epistemicídio causado pela invisibilização da produção de conhecimentos de povos subalternizados pelo sistema de dominação; identificar as Matemáticas produzidas a partir de outros lócus de enunciação e reconhecer as possibilidades de ações de insubordinação criativa na perspectiva de enfrentamento a colonialidade do ser, do saber e do poder. A escolha metodológica desta pesquisa se desenha a partir da escrita de cartas pedagógicas, o que pressupõe proximidade entre pesquisador e universo pesquisado rompendo com as hierarquizações derivadas das diferentes funções na pesquisa, tornando todos participantes e coautoras desta, a qual, se dá em um diálogo direto entre professoraspesquisadorasamigas e indireto com todas as praticantespensantes que produzem currículos a partir do seu cotidiano, questionando a quem interessa um currículo que nos impõe um modo de ser, saber e poder. Ao percorrer atentos o texto escrito, é possível perceber a mistura de várias vozes e subjetividades, pois a carta pedagógica gera movimento, portanto ao escrever, ler e responder uma carta pedagógica, também produzimos dados, registramos um percurso, fazemos interpretações e reflexões acerca do nosso objeto de estudo, pois a açãoreflexão constantes geram conhecimentos. O movimento de escrever cartas pressupõe uma aventura autoral marcada por sentidos que exigem posicionamentos políticos e ideológicos, a existência de destinatários possibilita o atravessamento do diálogo como um lócus de enunciação, podendo alcançar representatividade e, consequentemente, instaurar uma perspectiva outra de produção de conhecimento e de espaço formativo.