Leishmaniose visceral humana no Estado de São Paulo e fatores associados à letalidade, 1999 a 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Madalosso, Geraldine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-20092022-183730/
Resumo: Introdução: A LVA é considerada doença emergente no estado de São Paulo, a partir do ano de 1999. Objetivos: Analisar os casos autóctones no estado de São Paulo, entre 1999 e 2005, e identificar fatores associados à letalidade. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de casos por meio da análise de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e de prontuários médicos. Foram comparados os óbitos às curas, segundo características biológicas, clínicas e laboratoriais, para identificar fatores associados à letalidade. O modelo de regressão logística foi utilizado para determinar a Odds Ratio ajustada para óbito. Resultados: Foram avaliados 376 prontuários médicos de 559 casos autóctones informados no SINAN. 53 óbitos foram comparados a 323 curas. Foi observada alta incidência de casos em crianças até dez anos e alta letalidade em maiores de 50 anos, com letalidade média, no período, de 12%. As principais causas de morte foram sepse, hemorragia, insuficiência hepática e arritmias decorrentes da cardiotoxicidade pelo uso dos antimoniais. A análise multivariada identificou os seguintes fatores com maior risco de morte: anemia grave (hemoglobina <=5,0g/dl), elevação da bilirrubina total (>=2,0mg/ml), febre por mais de 60 dias, idade acima de 50 anos, manifestações hemorrágicas, diarréia, alterações cardíacas e infecções bacterianas. Conclusões: A identificação de fatores associados ao óbito por LVA é necessária para implementar estratégias de prevenção e controle da doença e redução da letalidade.