Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Mariano, Neusa de Fátima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-03092007-131717/
|
Resumo: |
Herança portuguesa, as festividades em homenagem ao Espírito Santo encontraram terreno fértil no Brasil, onde ganharam contornos populares. Em Mogi das Cruzes, município pertencente à Região Metropolitana de São Paulo, a Festa do Divino Espírito Santo é realizada, segundo os documentos consultados, há quase duzentos anos. Em vários momentos, a tradição quase sucumbiu na luta pela sua manutenção diante do processo urbano-industrial, que fragmenta a vida e enfraquece as relações próximas. No início da década de 1990, alguns moradores de Mogi, interessados na manutenção da Festa do Divino do Espírito Santo se reuniram com o objetivo de fundar uma associação que auxiliasse na sua realização, a fim de não deixar a tradição desaparecer. Para isso, a Associação Pró-Festa do Divino, como foi denominada, passou a buscar recursos financeiros junto a empresas (de grande e de pequeno porte) em troca de divulgação de seus logotipos na Festa, colocados em cartazes, panfletos, livros de cânticos, uniformes, etc. Divulgada pelos meios de comunicação, a Festa do Divino de Mogi das Cruzes ganhou impulso, agregando cada vez mais, novos participantes. Nesta \"euforia\" de crescimento e de arrecadação de recursos, a Festa do Divino foi se configurando também como mercadoria, embora a Associação se identifique e aja como órgão responsável pelo não \"desvirtuamento\" da tradição. Apesar da crescente espetacularização, acompanhada, inevitavelmente, de uma crescente racionalização na preparação e na realização da Festa, acredita-se haver momentos e elementos que escapam à espetacularização e à racionalização, revelando-a como manifestação da cultura popular. Esta é a questão maior que a pesquisa se propôs a elucidar. Para tanto, buscou no passado da Festa (na Europa, no Brasil, sobretudo em Mogi das Cruzes), elementos que a definiram como manifestação da religiosidade popular e que estariam presentes ainda hoje, como resíduos de tempos e relações pretéritas. |