Resumo: |
Em uma época em que o pensamento científico, voltado para a máxima produtividade e o maior lucro possível, já dominava a humanidade, audaciosamente, Kakuzō Okakura, pensador e historiador de arte japonês do período Meiji (1868-1912) coloca-se contra esse domínio e postula a defesa da arte genuína, que transcende a lógica vigente. Atuando, num primeiro momento, em nome do governo japonês e, posteriormente, de maneira independente, Okakura lutou pelo reconhecimento do valor da arte nipônica perante a comunidade internacional, chegando a publicar três obras sobre o assunto em inglês. Trabalhou também em solo norte-americano, no Museu de Belas-Artes de Boston, como responsável pelo Departamento de Artes Chinesa e Japonesa. Dando sequência ao seu ideal, Mokichi Okada, religioso, artista e colecionador de arte, instituiu um museu particular, em Hakone, com o objetivo de democratizar o acesso a obras-primas japonesas, entre outras iniciativas; além disso, orientava seus discípulos a encararem a arte como meio de elevação e desenvolvimento do caráter, indispensável para a promoção de uma sociedade mais justa e melhor. Neste trabalho, mostraremos os pilares do pensamento estético de Okakura e Okada, e também suas ações concretas em prol da arte. |
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