Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Barizon, Livia Carolina Baenas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-01082022-163758/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo discutir pontos de convergência semântico-lexicais, através de um estudo comparativo entre as unidades lexicais encontradas nas falas de indivíduos do interior do Estado de São Paulo, região Médio Tietê, e as lexias do Galego, estas fornecidas pelo Atlas Linguístico do Galego, volume V, campo semântico \"O ser humano\". Pretendeu-se, sobretudo, responder às seguintes questões: que fatores externos estariam influenciando o uso de certas formas em um determinado grupo de falantes? Os falantes idosos usariam lexias mais próximas ao Galego? As unidades lexicais listadas no ALGA1 seriam recorrentes no Brasil? Teriam elas tendência à manutenção ou ao desuso? Para responder a estas questões, como aporte teórico-metodológico, utilizaram-se os pressupostos da Dialetologia, Lexicologia e Sociolinguística Variacionista, por meio dos quais foi possível constituir um corpus atualizado do dialeto caipira falado no interior do Estado de São Paulo e coletado em Tietê, Santana de Parnaíba, Itu, Sorocaba, Porto Feliz, Pirapora do Bom Jesus, Capivari e Piracicaba, cidades historicamente vinculadas ao movimento das Bandeiras Paulistas. Em sua caminhada rumo a Cuiabá para desbravar terras, os bandeirantes saiam da capital paulista e seguiam a rota do rio Tietê (Anhembi). Nesse trajeto, os desbravadores levavam sua Língua Falada - o dialeto caipira - e sua cultura para o interior, eventos sócio-históricos relevantes para esta pesquisa. Emergiram, ainda, outros aspectos significantes, como a possibilidade de ineditismo deste estudo e a necessidade de se desenvolverem mais pesquisas comparativas entre o léxico do Português do Brasil e o do Galego. Os resultados apontaram semelhanças semânticas entre os corpora na razão de 82,4%, e também a tendência ao desuso de lexias convergentes, fatos que comprovaram estarem os jovens utilizando menos as formas próximas ao Galego e as mulheres tendendo a conservar e inovar as lexias. A investigação possibilitou compor um corpus linguístico para futuras pesquisas, traçar um percurso histórico inverso, durante o qual se observou o estágio de língua atual, identificar semelhanças entre o Português Brasileiro falado no interior de São Paulo e o Galego, e vislumbrar uma origem comum para ambas as línguas. |