A VARIAÇÃO LEXICAL EM DESIGNAÇÕES PARA ALGUNS FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS NOS DADOS DO PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Taiane Cristina Prata lattes
Orientador(a): Ribeiro, Silvana Soares Costa
Banca de defesa: Marques, Elizabete Aparecida, Paim, Marcela Moura Torres, Ribeiro, Silvana Soares Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36999
Resumo: Relação com a história cultural da comunidade” (OLIVEIRA; ISQUERDO 2001, p. 09), o Nordeste é uma Região culturalmente diversificada, a criatividade popular nordestina se manifesta sob as mais diversas formas: folclore, artesanato, culinária, etc. Dessa forma, a distribuição de uma comunidade numa certa área geográfica é fator de diferenciação linguística: cada ponto dessa área tem experiências sociais, históricas, culturais diferenciadas e isso tem repercussão na sua linguagem. (FARACO, 1998, p.112). Quando estudamos o léxico de uma determinada comunidade, encontramos as particularidades que ela apresenta em relação à outras localidades. Relações de semelhanças e contrastes linguísticos nos âmbitos diatópico, diastrático são comumente observadas em estudos comparativos entre comunidades linguísticas. A multiplicidade linguística de um local depende das variedades: as geográficas ou diatópicas (dialetos e falares locais) e as socioculturais ou diastráticas (grupo ou situação do falante). Isto posto, apresentam-se, neste estudo, fatos linguísticos (variantes lexicais de vocábulos pertencentes à área temática fenômenos atmosféricos), explicitando as características geográficas, sociais dos informantes e suas implicações. Este trabalho utiliza como corpus de análise os dados coletados pela equipe do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) na Região Nordeste e como pressupostos teóricos a Dialetologia, Geossociolinguística e abordagens do léxico, como lexicologia, lexicografia e terminologia. Os dados referem-se às capitais de cada estado, coletados junto aos informantes selecionados segundo o perfil estabelecido (homens e mulheres, de faixa 1 (18-30 anos) e faixa 2 (50-65 anos), de nível fundamental e universitário). O trabalho objetivo discutir a distribuição diatópica das variantes lexicais documentadas para as questões : 07. redemoinho (de vento); 08. relâmpago; 09. raio; 10. trovão; 16. estiar o tempo e 17. arco-íris da área temática fenômenos atmosféricos do QSL do Projeto ALiB. Como resultado deste trabalho obtiveram-se: (i) as lexias ciclone, corrupio, furacão, redemoinho, ventania e vendaval em resposta à questão 7; (ii) as lexias raio e corisco em resposta à questão 9; e (iii) um conjunto de unidades fraseológicas em resposta à questão 16. estiar o tempo. E no que se refere às questões 8 (relâmpago), 10 (trovão) e 17 (Arco-íris), os resultados apontaram para a ausência de variação linguística, tanto na perspectiva lexical quanto na diatópica.