Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Orlandini, Leonardo Fleury |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-11062021-083252/
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Resumo: |
Obesidade tem sido associada a um aumento de risco para desenvolvimento de câncer de mama, além de maior recorrência e mortalidade por esta neoplasia. Alguns biomarcadores séricos associados a inflamação sistêmica, por serem de baixo custo e fácil aquisição, têm sido estudados como fatores prognóstico em pacientes com câncer, entre eles a relação neutrófilo/linfócito (NLR) e a relação plaquetas/linfócitos (PLR). Este estudo tem como objetivo avaliar a associação entre o índice de massa corporal (IMC) e câncer de mama, e a influência do NLR e PLR no prognóstico dessas pacientes em uma coorte de mulheres brasileiras com longo tempo de seguimento. Trata-se de análise retrospectiva dos registros das pacientes atendidas e tratadas por câncer de mama no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) no período entre 1999 e 2013. Foram utilizados os dados clínicos e patológicos coletados antes do primeiro tratamento. Para análise de sobrevida foram realizados modelos de regressão de Cox. Das 1.831 pacientes incluídas, 620 (33,8%) eram obesas na ocasião do diagnóstico (BMI≥30kg/m2). Obesas tinham tumores maiores comparadas as não-obesas (mediana 22mm versus 20mm, p=0.01). IMC acima de 30 foi associado a pior sobrevida livre de doença e maior mortalidade apenas em pacientes com doença inicial (estádio I), mas não em doença mais avançada. Valores elevados de NLR foram fator prognóstico independentes de maior recorrência e mortalidade. Um subgrupo de pacientes com alto NLR e alto IMC tiveram piores recorrência (p=0.046, logrank), sobrevida específica (p<0.001, log-rank) e global (p=0.006, log-rank) entre as demais. A PLR elevada não se mostrou um fator prognóstico independente para câncer de mama na análise multivariada. Em conclusão, nós encontramos um efeito negativo da obesidade apenas em pacientes com câncer de mama estádio I, uma parcela de pacientes que geralmente apresentam bom prognóstico. Adicionalmente, NLR elevado foi considerado um fator prognóstico independente para pior sobrevida em 10 anos, principalmente em um subgrupo de mulheres com alto NLR e obesidade. |