Associação entre inflamação e lesão miocárdica periprocedimento em pacientes com doença arterial coronária estável submetidos ao implante de stent coronário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Frisso, Priscilla Teixeira Céo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-14012022-161217/
Resumo: Fundamento: No cenário de síndrome coronária aguda, a associação entre uma liberação importante de marcadores inflamatórios múltiplos e de lesão miocárdica após a intervenção coronária percutânea (ICP) está associada a um prognóstico desfavorável subsequente. Porém, pouco se sabe sobre a associação desses marcadores em pacientes estáveis. Objetivo: Nosso objetivo foi descrever a associação entre resposta inflamatória sistêmica e lesão miocárdica após ICP em pacientes com doença coronária estável. A proteína C-reativa (PCR) e os índices hematológicos foram avaliados para descrever a inflamação. Métodos: Neste estudo retrospectivo e observacional, amostras de sangue foram coletadas antes e 48 horas após a ICP bem-sucedida em 329 pacientes (65,3 ± 11,7 anos, 67% homens) com doença coronária estável. Marcadores inflamatórios (MI) foram determinados: PCR, leucócitos e subtipos, plaquetas, volume plaquetário médio (VPM), relação neutrófilos-linfócitos (RNL) e relação plaquetas-linfócitos (RPL). A troponina I cardíaca de alta sensibilidade (cTnI) foi medida após a ICP. A lesão miocárdica periprocedimento foi arbitrariamente definida por aumentos dos valores de cTnI e sem novas alterações eletrocardiográficas nem complicações limitantes do fluxo. Resultados: A ICP produziu uma resposta inflamatória sistêmica com aumento dos níveis MI. 66,7% dos pacientes apresentaram lesão miocárdica. Para determinar a força e a direção da associação entre MI aumentados e cTnI a correlação de ordem de Spearman foi determinada: PCR 0,570 (p < 0,001), RNL 0,190 (p < 0,001), VPM 0,182 (p < 0,001), RPL 0,180 (p < 0,001), leucócitos 0,166 (p < 0,001), neutrófilos 0,145 (p < 0,001), eosinófilos 0,142 (p < 0,001), linfócitos -0,130 (p < 0,001), monócitos 0,031 (p = 0,344) e plaquetas -0,009 (p = 0,778). Conclusão: Assim, a ICP em pacientes com doença coronária estável induz uma reação inflamatória sistêmica, que está associada à magnitude de lesão miocárdica do procedimento