Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Santos, Leandro Alves Rodrigues dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-31082011-152735/
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Resumo: |
Este estudo aborda o trabalho do psicanalista, tomando como vértice de investigação as dificuldades que esses profissionais atravessam na sua prática clínica cotidiana. Nesse contexto, mudanças no perfil dos pacientes, crises de demanda frente ao incremento da concorrência com psicofármacos e psicoterapias diversas, significativas exigências da formação, estabelecimento de laços com outros analistas e vicissitudes na relação com a família podem ser considerados índices do mal-estar do psicanalista frente ao ato de psicanalisar nos dias atuais. Tendo por objetivo, então, aprofundar o olhar sobre as dificuldades da profissão impossível sublinhada por Freud, toma como guia para seu percurso metodológico um conceito central intitulado narcisismo profissional, forjado a partir da concepção de narcisismo proposta por Freud e desenvolvida por Lacan. Investiga por meio de recortes específicos três autores, Freud, Ferenczi e Lacan. Em Freud, prioriza as dificuldades ligadas ao manejo da transferência e às exigências do próprio analista frente ao seu fazer. Quanto a Ferenczi, evidencia os percalços desse psicanalista nas questões do tempo e do dinheiro, especialmente no que relata por meio da correspondência trocada com Freud. No que diz respeito a Lacan, prioriza o depoimento e os testemunhos de quem com ele conviveu, apontando as múltiplas formas de identificação geradas e o advento do lacanismo, que faz surgir um novo tipo de psicanalista, que toma como missão defender a verdadeira psicanálise no mundo, a partir do retorno a Freud empreendido por Lacan. O estudo problematiza as formas de enfrentamento das dificuldades apontadas: o tratamento possível pela análise pessoal dos psicanalistas, a construção de novos laços entre os participantes do campo, o envolvimento com a leitura e o estudo diligente de autores de dentro e de fora da Psicanálise, e com a escrita, tomada como uma forma de elaboração do psicanalista em relação aos impasses da clínica. Conclui-se que cada psicanalista necessita ressignificar sua atividade, o que inclui o constante exercício de des-idealização de diversos aspectos inerentes à profissão, e o cuidado com sua oferta na Cultura, com a difusão da Psicanálise, além de uma nova tomada de posição frente à formação geral e específica |