Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Viani, Karina Helena Canton |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-08072020-162720/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: O estado nutricional adequado durante o tratamento antineoplasico e essencial na reducao do risco de morbimortalidade, tempo de internacao, abandono de tratamento, custo hospitalar e melhora da qualidade de vida. Estudos em criancas com leucemia linfoide aguda (LLA) tem demonstrado que o estado nutricional e um fator de risco modificavel para desfechos clinicos desfavoraveis. E essencial que o cenario epidemiologico seja reconhecido, entretanto ha uma lacuna importante na literatura no que tange ao estudo do papel da nutricao na oncologia pediatrica no Brasil. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho e descrever o estado nutricional de criancas e adolescentes com cancer avaliadas pela equipe de nutricao ao diagnostico e analisar seu impacto na sobrevida global. MÉTODOS: Este e um estudo longitudinal retrospectivo que utilizou avaliacoes nutricionais de criancas e adolescentes com cancer internados bem como ambulatoriais que passaram em consulta com o nutricionista. O diagnostico do estado nutricional foi feito por meio do Z escore de indice de massa corporal (IMC) para idade e circunferencia de braco (CB). RESULTADOS: Foram incluidos na analise ao diagnostico 366 pacientes. Dependendo do indicador nutricional e tipo de tumor, a prevalencia de subnutricao na populacao estudada varia de 8 a 23% e sobrepeso de 5 a 20%. Os dois indicadores nutricionais avaliados foram independentes quanto a classificacao do estado nutricional (p=0,000). Nao houve diferenca estatisticamente significante na sobrevida global quando estratificado por presenca de ma nutricao classificada por CB. Entretanto, quando avaliado por IMC encontrou-se potencial pior sobrevida em pacientes malnutridos (hazard ratio [HR]=1,27; IC95% 0,88-1,83; p=0,209). Pacientes com sobrepeso/obesidade classificados por IMC apresentaram pior sobrevida global (HR=1,53; IC95% 1,02-2,29; p=0,041). Subnutricao por CB (HR=3,90; IC95% 1,28-11,85; p=0,017) ou IMC (HR=12,33; IC95% 1,56-97,85; p=0,017) em pacientes com neuroblastoma tambem foi significativamente associado a pior sobrevida global. A presenca de deficit de estatura ao diagnostico impactou na sobrevida global de pacientes com LLA (HR=5,59; IC95% 1,85-16,85; p=0,002). Foram incluidos 95 pacientes na avaliacao longitudinal. A prevalencia de ma nutricao reduziu de 28,4% ao diagnostico para 24,2% apos mediana de 7 meses de tratamento (p=0,001). Dos pacientes com linfoma nao Hodgkin (LNH) ou LLA, 90,2% apresentaram manutencao ou melhora do estado nutricional, versus 59,1% dos com tumores solidos (p=0,000), porem a manutencao ou melhora do estado nutricional apos 7 meses de tratamento nao impactou na sobrevida global (HR=0,65; IC95% 0,28-1,48; p=0,303). Pacientes com LLA ou LNH tem maior chance de manutencao ou melhora do estado nutricional nos primeiros 7 meses de tratamento versus pacientes com tumores solidos (OR=0,11 IC95% 0,03-0,39 p=0,001). CONCLUSÃO: A presenca de ma nutricao ou subnutricao ao diagnostico nao impactou na sobrevida global, porem pacientes com sobrepeso/obesidade, quando identificados por IMC, apresentaram maior mortalidade. Deficit de estatura ao diagnostico para criancas com LLA e subnutricao em pacientes com neuroblastoma impactaram significativa e negativamente na sobrevida global |