Avaliação do potencial de intercalação de argilas visando liberação controlada da isoniazida no tratamento de pacientes com tuberculose.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinheiro, Gilmar de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-02092024-143035/
Resumo: A tuberculose é uma doença bacteriana de elevada prevalência globalmente, possui alta transmissibilidade, acometendo todas as faixas etárias com destaque as populações de nações menos favorecidas economicamente, com forte impacto nos sistemas de saúde e sério comprometimento na qualidade de vida dos pacientes, com mortes anuais estimadas em 1,6 milhões de pessoas globalmente. Ao longo das últimas cinco décadas o fármaco principal no combate à tuberculose é a isoniazida, com altos níveis de efetiva cura clínica. No entanto o tratamento da tuberculose é longo e pode apresentar sérios efeitos colaterais que levam o paciente a abandoná-lo. A não aderência completa, aos protocolos de tratamento têm aumentado significativamente as taxas de pacientes resistentes a esta droga, levando ao agravamento deste sério problema de saúde pública. Portanto, faz-se necessário desenvolver sistemas de ingestão por via oral que minimizem os efeitos colaterais do tratamento. As bentonitas têm sido intensamente estudadas nas últimas décadas como agentes de liberação controlada de diversos medicamentos, inclusive a isoniazida, visando seu uso no tratamento da tuberculose. Nesta dissertação foi estudada a intercalação da isoniazida em uma bentonita argentina, utilizando-se de dois métodos, a seco e a úmido. Os caulins, pela sua estrutura cristalina, são mais difíceis de serem utilizados na intercalação de medicamentos. Neste trabalho se estudou a intercalação de isoniazida em um caulim do estado de São Paulo. Foram utilizados métodos de intercalação de isoniazida com prévio uso de DMSO (dimetil-sulfóxido), e sem o uso de DMSO. Os dois métodos utilizados com a bentonita se mostraram promissores para uso na liberação controlada. Com o caulim não foi possível verificar a intercalação ou não intercalação da isoniazida no processo utilizando-se previamente de DMSO. No método sem o uso de DMSO, obteve-se evidência da intercalação de pequena quantidade de isoniazida no caulim, fato do nosso conhecimento, inédito na literatura. A intercalação da isoniazida na bentonita e no caulim estudados, mostrou potencial dos mesmos para uso no tratamento da tuberculose, por via oral e posterior liberação controlada.