Estevensita: Síntese, caracterização e utilização em sistemas de liberação controlada de isoniazida.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Thamyres Cardoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-16022023-100712/
Resumo: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, com elevada transmissibilidade e alta taxa de mortalidade, que até os dias atuais causa grandes problemas para o sistema de saúde. O tratamento dessa doença é realizado principalmente com isoniazida (INH), processo que leva de 6 meses à 1 ano e com muitos efeitos secundários que podem acarretar abandono dos pacientes. No entanto ao longo das últimas décadas, pesquisas extensas mostraram que o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada é uma forma eficaz para melhorar esses problemas e os métodos desenvolvidos com argilas tem sido promissores. Entretanto, isso requer produtos cada vez mais puros e com propriedades homogêneas, dificilmente encontradas em argilas naturais e às vezes é necessário usar argilominerais modificados ou sintéticos. Para isto, é necessário explorar técnicas para a produção delas. O foco principal deste estudo foi sintetizar uma argila esmectítica de forma simples, rápida e econômica a baixa temperatura e pressão, intercalar isoniazida na estevensita sintetizada, por meio do método em pasta (sólido-sólido) e avaliar a adsorção da INH no argilomineral sintético. A partir dos resultados de fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX), espectroscopia vibracional de absorção no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e análise termogravimétrica (ATG/DTG) foi confirmada a síntese com êxito da estevensita rica em zinco, apresentando características de um material cristalino uniforme com estrutura porosa semelhante à do grupo de esmectita, com uma área superficial específica (BET) na faixa de 163 a 197 m2/g e capacidade de troca catiônica (CTC) de aproximadamente 70 a 85 (meq/100g de argila). Os resultados obtidos pelas técnicas de caracterização de DRX, FTIR, MEV e TG comprovaram a incorporação do fármaco na estevensita, indicando que o método semi-seco utilizado para intercalação é eficiente. Por meio dos estudos exploratórios de liberação, foi obtido resultados positivos, onde os sistemas liberaram em torno de 80 a 240 mg de INH em solução tampão (pH 6,8 intestinal) em 24 horas, tornando um sistema promissor para sistemas de liberação controlada para tratamento da tuberculose.