Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Washiya, Tatiana Melitello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-28012015-105545/
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Resumo: |
Com o objetivo de contribuir com o campo das artes do corpo no Brasil, esta dissertação de natureza prático-teórica apresenta uma reflexão acerca de \"trajetórias coreográficas\", a partir das situações espaciais atualmente vivenciadas em lugares de passagem da cidade de São Paulo. Reconhecemos que o conhecimento construído pela coimplicação entre corpo e cidade pode fomentar criações artísticas que pensam o movimento do corpo enquanto construção de espacialidades. Dentre a literatura pesquisada, ressaltamos o entendimento de corpo como um processo coevolutivo em relação ao ambiente de existência, abordado pela teoria do Corpomídia (KATZ; GREINER, 2005). Passamos também pela compreensão de espaço determinado por unidades de localizações precisas e ordenado por sistemas geométricos e matemáticos, conforme os estudos newtonianos, consultados em Nussensveig (2002) e Watari (2004). A observação de que as cidades contemporâneas nos apresentam diferentes configurações de espaço (SCHULZ, 2008), diferentes formas de produção e circulação no espaço urbano e novas formas de controle e tecnologias (DELEUZE, 1992), possibilitou à presente pesquisa a reflexão de que \"trajetórias\" na dança podem ir além de um corpo que traça um deslocamento de um ponto a outro no espaço. As \"trajetórias\" podem também delinear caminhos, atravessamentos e deslocamentos de informações que se aprontam no movimento do corpo a partir das relações com o ambiente urbano. Isso advém da compreensão de que o espaço percebido nos dias de hoje possibilita uma organização corporal em trajetórias dinâmicas (LOUPPE, 2012). As noções de espaço que possibilitam a construção de \"trajetórias coreográficas\" são realizadas por processos cognitivos, por meio da experiência sensório-motora do corpo nas relações com o meio em que vive, segundo Damásio (2000), Bastos (2003) e Berthoz (2005). Além desse aprendizado de espaço, exercitamos e incorporamos cotidianamente \"regras\" do ambiente que atingem diretamente o corpo, segundo Foucault (1987) e Hewitt (2005), visto que o espaço urbano está diretamente implicado em fatores sociais (SANTOS, 2008). Por meio dessas correlações, experimentamos caminhos de movimentos, nos quais desenvolvemos nosso entendimento acerca de \"trajetórias\". |