Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Olivatto, Gabriela Marsola |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-28112017-150253/
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Resumo: |
A maior expectativa de vida dos pacientes com talassemia maior, as repetidas transfusões de concentrado de hemácias como parte do tratamento, podem ocasionar maior deposição de ferro nos órgãos, e consequentemente, as comorbidades. Dessa forma, dentre as comorbidades endócrinas, temos o diabetes mellitus como uma das principais, sendo necessário conhecer o panorama em nossa realidade. O estudo tem como objetivos determinar a prevalência do diagnóstico de diabetes em pacientes com talassemia maior, caracterizar e comparar os pacientes com talassemia maior, e diabetes mellitus, segundo as variáveis sociodemográficas e clínicas.Trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado em um centro de referência no tratamento de talassemia do interior paulista. A amostra foi constituída por 31 pacientes com talassemia maior. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento subdividido em duas partes. Os dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos por meio de entrevista dirigida e os resultados de exames laboratoriais pelo prontuário eletrônico do paciente, no período de junho a agosto de 2015. Os dados foram digitados e importados para o programa SPSS for Windows, versão 17.0 e submetidos à análise estatística descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (CEP/EERP-USP), sob Protocolo nº 41912415.3.0000.5393. Dos 31 pacientes com talassemia maior, 5 (16,1%) tinham diabetes mellitus. Em relação as variáveis sociodemográficas, não houve diferenças na distribuição dos pacientes entre os sexos, a maioria eram solteiros e cursaram até o ensino médio completo. A idade variou de cinco a 48 anos, com média de 24,9 anos de idade, a maioria recebia até 10 salários mínimos, eram estudantes e possuíam carteira de trabalho assinada. No que tange às variáveis clínicas, temos que o tratamento utilizado predominante foi o quelante oral deferasirox, e naqueles pacientes com diabetes, além do deferasirox, a maioria utilizava a insulina. O esquema transfusional predominante foi o de 15 a 22 dias. O índice de massa corpórea foi classificado como eutrófico e a pressão arterial, considerada ótima para a maioria dos pacientes. Quanto aos achados dos exames laboratoriais, os pacientes com diabetes e talassemia apresentaram valores alterados de glicemia de jejum e transaminase, já os pacientes sem diabetes apresentaram valores alterados de ferritina sérica. No que se refere aos achados dos exames de imagem, nenhum paciente com diabetes e Talassemia maior apresentou massa óssea adequada, o que reforça a importância de seu monitoramento. Destaca-se o aumento de sobrecarga cardíaca para os pacientes com diabetes e talassemia. Para os pacientes com talassemia e sem diabetes, a maioria apresentou grave sobrecarga de ferro hepático na ressonância magnética do fígado, enquanto para a maioria dos pacientes com diabetes foi considerado normal. Dessa forma, conhecer as características clínicas dos pacientes com talassemia maior e diabetes permite subsidiar a assistência de enfermagem qualificada e contribuir com a saúde dos pacientes com condições crônicas. Contudo, os nossos achados corroboram com as taxas de prevalência de diabetes em pacientes com talassemia maior encontradas na literatura nacional e internacional |